Quando apresentar o primeiro esboço de time que enfrenta a Ponte Preta na quinta-feira, Celso Roth começará a tirar dúvidas sobre quem formará o meio-campo. As funções ofensivas são a incógnita da equipe, que tem quatro partidas para tirar o Inter da zona de rebaixamento do Brasileirão.
Com Ceará machucado, a tendência é de que William volte à lateral direita, posição que o levou à seleção olímpica. Assim, na teoria, há três vagas abertas. Alex e Anderson, habitualmente, têm sido titulares. Mas o desempenho do primeiro não lhe garante certeza sobre começar o jogo. A insistência dos pedidos, principalmente de torcedores, por Seijas e Valdívia pode ser atendida. Sasha é outra opção de presença ofensiva e cobertura tática pesam em seu favor. A obediência ao pedido do treinador também é o trunfo de Ferrareis, outra das opções. Tem ainda Nico López, atacante de origem mas acostumado a cumprir outras tarefas e está de volta após um mês afastado por lesão.
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Quando ganhou pela última vez no Brasileirão, há 27 dias, contra o Flamengo, Celso Roth começou o jogo com o trio de meias formado por Seijas (aberto pela esquerda), Alex (centralizado) e Ferrareis (pela direita). No intervalo do jogo, trocou Ferrareis por Sasha, que até fez um dos gols. O venezuelano saiu pouco depois do gol de Réver, dando lugar a Valdívia, de efetiva participação na virada, concluída por Vitinho.
Ainda assim, os números de Seijas são os melhores. Mesmo tendo jogado menos minutos que os demais, é autor de quatro gols (só perde para Sasha, que atuou o dobro de seu tempo).
– No Brasil, quem atua do meio para frente é só analisado marcar gols. Se decidir jogo, fica mais visível. Dou mais sustentação, suporte, parte emocional, mas eu ficar me defendendo é fácil. Tenho que trabalhar e fazer melhor – explicou-se o meia Alex.
O (novamente) lateral-direito William também deu opinião:
– Independentemente de quem jogar na meia vai me ajudar muito. O Sasha, desde a Libertadores, é um jogador que vai e volta o tempo inteiro. O próprio Valdívia também tem ajudado bastante, tem ajudado.
Na visão de Cleber Grabauska, comentarista da Rádio Gaúcha, o Inter deveria apostar no modelo usado por Diego Aguirre, curiosamente o melhor momento do time na gestão Vitorio Piffero. No ano passado, o técnico uruguaio lançou Sasha e Jorge Henrique (eventualmente Valdívia) ao lado de D'Alessandro, que começava pelo meio, mas caía para os lados e movimentava-se por todo o setor.
– Agora, no contexto atual, eu abriria Valdívia e Sasha, deixando Anderson por dentro. Apostaria na recomposição intensa. Os dois primeiros dão a velocidade que o Anderson não tem.
A opinião é semelhante à do analista do SporTV Sérgio Xavier Filho. Para ele, o técnico colorado deveria lançar mão de Valdívia e Sasha para ocupar os lados do setor, centralizando Anderson.
– Em condições ideais, eles me parecem ser as melhores opções. Mas já dá para deixar Seijas e Nico López de stand by, prontos para entrar. Seijas porque, apesar de não ser um homem de confiança de Celso Roth, tem uma efetividade interessante. E Nico, embora seja atacante, pode jogar por ali e setor um fator surpresa e decidir um jogo complicado – aponta o jornalista, que descarta as utilizações de Ferrareis e Alex.
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