Em meio às agruras do Inter no Z-4 do Brasileirão, a eleição presidencial do clube começa a tomar corpo. Nesta sexta-feira, encerra-se o prazo para as inscrições das candidaturas ao pleito de 10 de dezembro. José Amarante, do movimento Sócio Deliberativo, foi o primeiro a se lançar à presidência. O segundo, Marcelo Medeiros, apresentará a sua candidatura na noite desta terça-feira, no Parque Gigante. Medeiros, vice de futebol na gestão de Giovanni Luigi, pertence ao Movimento Inter Grande.
– Queremos fazer uma gestão participativa, que conte com pessoas de todos os setores do clube. Temos de estar todos juntos. Hoje, o Inter tem 55 diretores políticos. E apenas um executivo (Newton Drummond, o Chumbinho), que foi contratado agora. Isso está na contramão da modernidade. A atual gestão quebrou o caminho que o clube vinha adotando – disse Medeiros, que terá como vice de futebol Roberto Melo, diretor de futebol do clube na gestão Luigi.
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Devido à dramática situação na qual o time se encontra na tabela do Brasileirão (ocupa a 18 posição), Medeiros evita criticas mais duras à gestão Piffero. Ainda assim, entende que o clube vem comentendo sérios equívocos desde 2015.
– O momento não é de elencar essa série de erros, mas eles começaram lá atrás, ainda na campanha presidencial, quando a atual gestão anunciou uma série de nomes de treinadores, criando expectativas nos torcedores – comentou o candidato, filho do ex-presidente colorado Gilberto Medeiros (1986/1987) e sobrinho do ex-presidente do Inter Marcelo Feijó (1978/1979).
Derrotado por Vitorio Piffero na eleição de dezembro de 2014 – quando 21.292 colorados elegeram Piffero presidente, com 71,7% (15.051 votos) –, Marcelo Medeiros assegura que deseja presidir o Inter, em qualquer situação:
– Sou colorado, na hora boa e na hora ruim. A minha preocupação é a mesma de sábado: temos de ganhar todos os jogos em casa. Estou ao lado clube, da torcida e dos profissionais do Inter. Estarei sofrendo junto contra o Coritiba. E espero que o Inter possa voltar em breve ao topo, onde é o seu lugar.
Além de Amarante e de Medeiros, o Inter ainda deverá ter pelo menos mais uma candidatura: a de situação, com Pedro Affatato, atual vice-presidente eleito e vice de finanças, como principal nome à eleição. No dia 7 de novembro, ocorrerá a eleição em primeiro turno, no Conselho Deliberativo. Os dois candidatos mais votados passarão ao segundo turno, para o voto dos associados, em 10 de dezembro. Porém, caso um dos candidatos obtenha 80% dos votos no Conselho, estará eleito, não havendo a eleição presidencial para o sócio. Nesse caso (que é improvável, devido ao fracionamento do Conselho), os associados somente votariam para a renovação de parte do Conselho Deliberativo.
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