Os jogadores e a direção do Inter gostaram do ponto conquistado no empate em 0 a 0 no Gre-Nal 411, neste domingo, na Arena. Mas o técnico Celso Roth esperava mais: para o treinador, o seu time teve as melhores oportunidades de gol no jogo, o que o faz lamentar o resultado.
– Não saio comemorando. Nós montamos uma estratégia e ela funcionou: o Grêmio não teve oportunidades, teve até volume em determinandos lances, mas as chances claras foram nossas. Estamos aqui agora amargando um empate. Foi um jogo bem disputado, de marcação, característico de um Gre-Nal – disse o técnico colorado.
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Roth também falou sobre o lance que, na sua visão, mudou o jogo: a expulsão de Rodrigo Dourado após a agressão cometida por Edílson. Para o treinador, o árbitro Francisco Carlos do Nascimento fez "um papelão" ao dar o cartão vermelho para o volante.
– Quando nós achamos o nosso equilíbrio, o juiz fez o papelão: expulsou o jogador que fazia a transição defesa-ataque. Quando ele teve a decisão para compensar – porque a expulsão do Edílson foi correta, a do Rodrigo não... ele não fez absolutamente nada. Não sei o que vai colocar na súmula, vai ter que procurar. É uma situação complicada, e ali tirou nossa força. O Rodrigo estava antecipando, pegando a segunda bola, mas depois da expulsão tivemos que recompor. Fomos os mais prejudicados, porque mexeu no nosso meio-campo. A arbitragem tem suas interrogações, e o Inter sai amargando um empate que poderia ter sido melhor.
Confira as outras respostas de Roth na coletiva:
Opção por William no meio-campo
O William já fez essa função contra o Sport e foi muito bem. Não é surpresa, é encaminhamento de time, e porque o Geferson está sedimentado, foi muito bem. Aproveitamos para colocar um jogador da função. O William, pela sua qualidade e pelo seu perfil, de participar do jogo, pensamos em aproveitá-lo nessa função. Taticamente ele foi muito bem, e tecnicamente vai melhorar. É uma ideia que vamos sedimentar. É a movimentação dele, ele participa e quer participar. Tem personalidade e qualidade.
Viu o Inter superior no clássico?
Não é questão de superior. O Inter sabe que o Grêmio tem uma sequência de trabalho, um jeito de jogar, e sabíamos que, se dessemos espaço, seria complicado. Tiramos o espaço e jogamos com a nossa velocidade. No primeiro tempo não funcionou muito, e no segundo, quando começou a funcionar, a arbitragem teve a decisão que teve.
Atuação de Valdívia e decisão do Grêmio de jogar com os titulares
Não tenho que dar opinião sobre o Grêmio. Nós esperávamos como veio. O Valdívia fez uma boa partida. Em alguns lances, no sentido físico, tem que melhorar, na disputa de bola. Ele joga numa função em que pega o adversário de frente, e ele de costas. Tem que melhorar neste confronto. Não vamos colocar este rótulo: não é jogador para entrar no jogo, mas para jogar os 90 minutos.
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Como fica o meio-campo contra o Santa Cruz?
É uma situação que a gente vai ter que pensar. O Eduardo entrou muito bem, o Fabinho era titular até pouco tempo. Mas antes de pensar no Santa Cruz, temos que pensar na Copa do Brasil, um clássico do futebol brasileiro, e vamos remontar a equipe.
Por que não gostou do resultado do jogo?
Antes do Gre-Nal, nós sabemos: não podemos falar nada. Mas durante o jogo, e depois, é uma beleza falar e dar opinião. Minha opinião pós-jogo: estamos amargando um empate porque tivemos as duas melhores chances do jogo. A oportunidade boa do Grêmio foi uma cabeçada. O jogo foi igual. O Grêmio teve momentos de maior volume, e nós buscando o jogo vertical. Antes do jogo, a gente sempre trata o clássico com muito respeito, pela história que tem.
Situação do Inter no Brasileirão com o grupo que tem
Quando não tem estratégia, se procura. Quando se tem, se quer mudar. Estamos fazendo um trabalho de aproveitar as características do grupo. Não é por fazer, mas por conhecer as características do grupo. É um jogo de xadrez, vamos caminhando até achar o ponto. O Inter é maior do que isso, e tem condições de fazer um final de campeonato e, quem sabe, uma Copa do Brasil do nosso tamanho. Mas vamos agora fazendo o nosso trabalho. Provavelmente vamos continuar, na quarta-feira, com a mesma estratégia que estamos usando até agora.
Fama de pegar, sempre, times em situações complicadas
Não me lembro agora quem é o treinador do Leicester. O treinador é movido a desafios. Não escolhi vir agora, mas o destino me coloca nestas situações. Tenho a minha culpa, por trabalhar neste tipo de situação. Como vocês adoram colocar rótulo, eu virei especialista. Mas gosto de trabalhar, de ter sequência. Agora, fui convidado pelo Carvalho e estamos trabalhando. O grupo tem qualidade, sim, e estamos colocando em prática. São duas competições paralelas e estamos trabalhando, porque o grupo nos dá essa condição e essa resposta. Nós todos somos profissionais, e eles sabem muito bem quando as coisas estão bem encaminhadas e o treinador trata todos com justiça. É o que está acontecendo, e espero que continue acontecendo.
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