A versão 2016 da apresentação de Paulo Roberto Falcão como técnico do Inter foi bem mais discreta do que a de cinco anos trás. Em 2011, a direção demitiu Celso Roth depois da derrota para o Jaguares, no México, pela Libertadores, desgastado pelo terceiro lugar no Mundial de Clubes. Após uma negociação que demorou três dias, com propostas, contrapropostas e multas, Falcão e Inter chegaram a um acordo. O então comentarista da Rede Globo voltava ao mercado como treinador.
Ainda no estádio antigo, um corredor foi montado com grades para que os torcedores ficassem postados dos dois lados. Falcão chegou de carro, desceu no pátio e caminhou até a entrada do vestiário, cumprimentando os cerca de 300 torcedores e sendo aplaudido por conselheiros.
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Escudado por Julinho Camargo, o seu auxiliar-técnico (que menos de 90 dias depois de assumir com Falcão no Inter foi contratado como treinador do Grêmio), foi apresentado tendo a presença do presidente Giovanni Luigi e do vice de futebol Roberto Siegmann e de cinco jogadores: D'Alessandro, Tinga, Bolívar, Sobis e Kleber. Com o quinteto em pé, atrás da mesa na qual estavam sentados Falcão, Julinho e os dirigentes, a imagem emblemática da apresentação ocorreu quando o treinador se levantou e parou em frente aos atletas com os braços abertos, posando para as fotos.
Depois, Falcão fechou o treino no Beira-Rio. Já ao anoitecer, abriu os portões para que muitos torcedores que estavam no pátio do estádio pudessem entrar e assistir aos minutos finais do trabalho. Falcão estreou quatro dias depois, diante do Santa Cruz, no Beira-Rio, com vitória por 1 a 0 – gol de Damião.
Nesta quarta, o que separou a apresentação de Falcão para outro técnico qualquer foi a reação de torcedores e conselheiros. Apenas o presidente Vitorio Piffero e o vice de futebol Carlos Pellegrini estavam a seu lado na bancada. Em compensação, a sala de conferências esteve lotada como nos tempos da Copa do Mundo para acompanhar a coletiva.
Mais discreto, Falcão foi político nas respostas e evitou frases de efeito. Pincelou alguns conceitos de futebol que lhe agradam e fugiu de respostas apimentadas, como a necessidade de reforços e eventuais mágoas pela saída conturbada em 2011. Usou o CT para fazer seu primeiro treino, o que permitiu aos torcedores acompanharem o trabalho, ainda que à distância.
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