A derrota do Inter por 1 a 0 no Gre-Nal 410, neste domingo, passou por um problema que, de acordo com Argel, vem sendo comum nos últimos jogos: o primeiro tempo ruim. Este foi o diagnóstico do treinador ao falar sobre o clássico no Beira-Rio. Para o comandante colorado, a atuação inconstante nos primeiros 45 minutos tem complicado a vida do time.
– O que dá para entender dos dois últimos jogos (em casa) é que não fizemos bons primeiros tempos. O segundo tempo é bom. Vínhamos em uma sequência muito boa, em que jogávamos bem o primeiro tempo, e é isso que temos que buscar: o equilíbrio, um jogo uniforme, não esperar estar atrás do adversário para dar uma resposta. Isso não passa pelos jogadores, a responsabilidade e cobrança é em cima de mim. Estou aqui para blindar os atletas, sei da qualidade que eles têm. Oscilamos, mas o futebol não é como começa, e sim como termina. Ainda não acabou o campeonato.
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Sobre o aproveitamento nos últimos cinco jogos
O aproveitamento não é bom. Faz parte do futebol, acontece, e claro que isso interfere. Nós precisamos buscar a recuperação o quanto antes para buscar a tranquilidade e a confiança.
Escolha por três volantes no começo do Gre-Nal
Nós estávamos com o jogo controlado até tomar o gol, e a partir do momento em que se toma o gol, tem que mudar a forma de jogar. O treinador passa por isso, tem que fazer alguma ação. Pode até errar, mas por ação, não omissão. Logo depois o Bob tomou amarelo. A gente jogou alguns momentos com três volantes, como contra o São Paulo, para dar segurança. O clássico foi equilibrado, o adversário jogou melhor no primeiro tempo. No segundo, a gente foi melhor. tivemos mais posse de bola, escanteios, mas o resultado não é bom, porque você perde um clássico, em casa, para um adversário direto. Mas não acho que passe pela escalação. Após tomar o gol, era o momento para mudar, para buscar o empate ou a virada. Acho que mexi no momento certo, é só ver o panorama do jogo a partir do momento em que a gente mexeu.
Sobre o áudio e a resposta dos jogadores do Grêmio
Não perdemos o jogo por causa disso, e ninguém fica à frente de um clube só por motivação. Tem muito trabalho. Motivação não ganha jogo.
Por que escolheu três volantes
Falar depois do resultado é muito fácil, viraria profeta do acontecimento. Quando vai jogar um clássico, contra um adversário que joga muito por dentro, precisa fortalecer o meio. Não foi nenhuma loucura jogar com o losango, no Gre-Nal passado jogamos dessa forma. A partir do momento em que você toma gol, não vai esperar o primeiro tempo acabar para mexer. E é o jogo que dá o panorama. Mexemos na forma de jogar, e o time melhorou, deu uma resposta positiva. O panorama vai dizer muito o que o treinador vai ter que fazer durante os 95 minutos. O resultado não passou pela formação, os três volantes, agora é claro que no primeiro tempo não tivemos uma formação.
Expectativas após o bom início de campeonato
A gente nunca colocou essas expectativas. Ninguém falou que o Inter ia ser campeão brasileiro. A gente sabe das limitações que temos, que temos que jogar sempre com a corda esticada, os dois tempos no limite. Nunca demos o passo maior que a perna. As coisas que aconteceram, aconteceram naturalmente, pelo trabalho de todo mundo, e aí vem essas sequências de 13 pontos em 15, no início, e de um ponto em 15, agora. Saio chateado e triste por perder um clássico. Precisamos é buscar essa retomada, podemos jogar mais, já jogamos mais, e isso passa pelo nosso trabalho durante a semana, a forma que a gente conduz.
Pressão da direção após três derrotas seguidas
Pressão é uma coisa normal, estou há 25 anos no futebol. Procuro fazer meu melhor, temos trabalhado muito, com tranquilidade, confiança, na parte técnica e física, que foi importantíssima. No futebol, tudo pode acontecer, isso é com o Argel, o Muricy, o Felipão, o Guardiola, o Simeone. Estou tranquilo, assumindo a responsabilidade, é dessa forma que a gente está aqui há 11 meses, dando o melhor. É a nível da diretoria, do departamento de futebol. Agora é pensar no próximo jogo, fora de casa, e voltar a vencer o mais rápido possível.
Quem será o goleiro contra o Santa Cruz?
Não tem definição. Quando a gente trata de dar oportunidade, é internamente. E passa pela minha confiança. Queria ver o Jacsson, e o Muriel sabia que ia jogar contra o Flamengo. E quando acabou o jogo, os jogadores sempre deram uma resposta boa para mim, de seriedade, profissionalismo. Qualquer decisão que a gente toma, principalmente do goleiro, hoje fez uma boa partida, não trabalhou muito, também. Daqui a pouco o Danilo volta. Por enquanto o Muriel continua, e é o trabalho dele que vai deixá-lo no time ou não.
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