Será um domingo para conhecer ou recordar sob as traves do Inter. Com a lesão de Danilo Fernandes, que deixou o jogo contra o Coritiba com dores musculares e só seria reavaliado neste sábado, a tendência é que haja mudança no gol colorado para enfrentar o Botafogo às 16h. O Beira-Rio pode ver o retorno de Muriel ou o nascimento de Jacsson.
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Na partida da 11ª rodada do Brasileirão, o desafio é voltar a vencer após duas rodadas. Em casa, o time tem quase 90% de aproveitamento. Serão pelo menos três desfalques, além do goleiro: Paulão e Aylon, lesionados, e Vitinho, suspenso. Para seguir tendo a melhor defesa do campeonato mesmo sem Danilo, o zagueiro Ernando garante que não há diferença entre o substituto que Argel optar:
– Somos nós, da defesa, que temos que passar segurança para quem for o escolhido.
Muriel
Tratado como arrojado, corajoso e experiente, Muriel está no Inter há mais de uma década e meia entre categorias de base e profissional. Começou a despontar no Brasileiro sub-20, no time que tinha Alexandre Pato e Luiz Adriano. Foi chamado para a seleção de base. Para ganhar experiência e ritmo de jogo, rodou por Caxias e Portuguesa antes do retorno definitivo. Aos 29 anos, já conheceu o céu e o inferno que a posição oferece. E é curioso que o adversário do domingo esteja presente em sua história.
Seu início foi promissor. Depois de receber a primeira oportunidade no Brasileirão de 2010, quando a equipe de Celso Roth dividia as atenções com o Mundial – e ele disputava posição com Renan e Pato Abbondanzieri – ganhou sequência em 2011, a partir da chegada de Paulo Roberto Falcão. Fixou-se no time e disputou 41 partidas no ano. Seguiu como preferido nas duas temporadas seguintes, entrando em campo 120 vezes. Era o paraíso para o então jovem goleiro.
Mas então vieram as atuações consideradas inseguras, principalmente contra o Bahia e, atenção, Botafogo para que surgissem as primeiras dúvidas. Acabou perdendo lugar no time de Dunga – e recuperando depois. Mas em 2014, perdeu espaço definitivamente. O Inter resolveu apostar em Dida.
Depois de quase um semestre sem atuar, recebeu chance, atenção de novo, contra o Botafogo. Mas pouco antes do intervalo, sofreu uma lesão e, novamente, viu-se afastado. No fim daquele Brasileirão, Alisson se destacou e não deu brecha para os concorrentes por um ano e meio. Agora, Danilo Fernandes seguia pelo mesmo caminho até se machucar contra o Coritiba.
Muriel jogou duas vezes em 2016. A primeira foi contra o Fluminense, pela Primeira Liga, quando o Inter foi eliminado nos pênaltis. Recebeu nota 5 de Zero Hora, por suas "três boas defesas e uma falha". A segunda foi contra o Novo Hamburgo, 4 a 2 para o Inter.
– O Muriel é mais experiente, já jogou outros campeonatos, saiu do clube para atuar por outras equipes e voltou. Tem mais cancha – diz Clemer, goleiro campeão mundial com o Inter.
Jacsson
Jacsson foi escolhido por Argel para ficar na reserva de Danilo contra o Coritiba. Em quatro jogos, esteve no banco acompanhando as frequentes boas atuações do titular. Aos 22 anos, tem extensa bagagem em seleções de base. Mas, no time profissional, ainda não recebeu chances.
Com 1m89cm, o gaúcho de Getúlio Vargas não esconde ser fã de Taffarel. A semelhança com o ídolo vai além dos cabelos loiros e o nascimento no interior do Estado. Na avaliação do Inter, tem características semelhantes à do campeão mundial de 1994, como a rapidez e a técnica. De Alisson, aprendeu a esperar a definição do atacante até o último momento nos lances de um contra um e a desenvolver habilidade com os pés. E, de Muriel, buscou o arrojo e a coragem.
Estava no time campeão pan-americano no ano passado. E aí reside uma passagem curiosa de sua vida, lembrada pelo ex-lateral-esquerdo colorado André Luiz, então auxiliar de Rogério Micale. Depois de participar de todo o período de treinamento, preparava-se para estrear quando sofreu uma infecção intestinal violentíssima, que tirou-lhe as forças.
– Foi tão forte que tivemos que encostá-lo no banco, ele mal tinha forças para ficar em pé. Só não deixamos os adversários saberem, né? – recorda André Luiz, que elogia a postura do jogador e seu entrosamento com o resto do grupo. – Infelizmente, foi o que deu para ver – comenta.
Para Clemer, que conheceu Jacsson ainda na base, o jovem pode fazer história no Beira-Rio:
– O Jacsson é um goleiro arrojado e tem a característica de sair bem do gol. Claro que ainda tem a questão da inexperiência, mas ele possui qualidades para ser um baita goleiro no Inter. Nos jogos em que fez comigo na base, foi bem.
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