O retorno de Paulão para a defesa do Inter, domingo, diante do Lajeadense, significa muito para o Inter de Argel. O contestado reforço de 2014 se consolidou não apenas como um dos líderes do treinador, em campo e fora dele, mas também figura entre os principais nomes na lista de fundamentos do time. É a boa notícia no Beira-Rio em uma temporada oscilante e que, até agora, não empolgou o torcedor.
– Paulão virou homem de confiança de Argel, que vê no zagueiro um clone de si mesmo. É um retorno natural e merecido – aponta Maurício Saraiva, comentarista da RBS TV.
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Ex-zagueiro colorado da década de 1990, Vinícius concorda com Saraiva quando apresenta as credenciais de Paulão. O tetracampeão gaúcho, hoje com 39 anos, lembra de suas passagens pelo Bahia, São José e Caxias, em que era um dos mais experientes do grupo, para falar do camisa 25. Aponta, ainda, a sequência como titular para a regularidade nos números do defensor. Paulão é o terceiro em desarmes, o segundo em bloqueios e o primeiro em rebatidas, além de auxiliar os meias com seus lançamentos (segundo neste quesito) e finalizações (quinto da lista).
– Paulão vive um momento excepcional. Manteve uma regularidade nas atuações, tem se destacado e eu acredito que pela sequência que o Argel deu a ele. Dentro de campo, a gente percebe a liderança dele, o que chamamos de liderança técnica, quando ele fala, corrige posicionamento, narra o jogo para os volantes. Ele tem experiência, e essa experiência obriga ele a assumir o comando da defesa – resume Vinícius.
Com Argel no comando, apenas Rodrigo Dourado tem mais participações que Paulão. A estatística joga a favor do zagueiro nesta temporada. Com Paulão em campo, das 10 partidas em que atuou – sete jogos pelo Gauchão e outros três pela Primeira Liga – o Inter não sofreu gols em sete oportunidades.
– É muito importante que o Paulão volte. Nem apenas pela experiência, mas porque é um cara que segura a bronca nos momentos difíceis, que mesmo sendo zagueiro faz seus gols e ajuda no ataque. Conta muito, também, o tempo de clube, porque a meninada precisa de uma referência – resume o ex-capitão Bolívar.