O Inter estaria em negociação com Teo Gutiérrez, colombiano do Sporting Lisboa. Téo pretende atravessar o Oceano Atlântico menos de um ano depois de trocar o River Plate pela Europa. Nem ficou para disputar as semifinais da Libertadores. Aos 30 anos (faz 31 em maio), Teo é um centroavante de qualidade. Tanto que Jose Pekerman o levou para a Copa e fez dele o substituto de Falcão García. Só que faz gols e arruma confusões na mesma proporção. É fio desencapado. Em todos os clubes pelo qual jogou no Exterior saiu pela porta dos fundos.
O colombiano nascido no calor caribenho de Barranquilla exige atenção, tem um gênio difícil e isso causa dissabores no vestiário. Uma rápida visita em seu currículo comprova sua fama de temperamental. Criado no Junior, de Barranquilla, foi vendido para o Trabzonspor em janeiro de 2010 por US$ 4,5 milhões. Fez oito gols, jogou 20 partidas, ganhou a Copa e a Supercopa turca e, nove meses depois, voltou para Barranquilla. Alegou problemas psicológicos. O caso parou na Fifa.
Leia mais:
Vice de futebol do Sport frustra sonho do Inter por goleiro Danilo: "Não temos interesse em negociar"
STJD aumenta pena de Nilton em mais um mês
Veja lances de Teo Gutierrez, possível reforço do Inter
O Racing apareceu, pagou US$ 3 milhões e assinou por três anos e meio com ele em fevereiro de 2011. Em Avellaneda, fez 22 gols no primeiro ano e virou a estrela do time. Mas colecionou confusões. A primeira foi uma troca de socos com o goleiro reserva Dobler. Depois vieram as expulsões frequentes. Seu ciclo se encerrou em abril de 2012, quando depois de o Racing levar 4 a 1 do Independiente no clássico local, ele e Saja discutiram. Foram separados. Mas Téo puxou uma arma de ar comprimido e provocou pânico no vestiário.
Uma semana depois, o Lanús bancou o colombiano para os mata-matas com o Vasco pela Libertadores. O Lanús caiu para o Vasco, e Teo embarcou para a Colômbia. Disse que esperaria em casa a convocação de José Pekerman para a seleção. Ela não veio, ele não voltou, e o Cruz Azul, do México o levou depois de rápida passagem pelo Junior, de Barranquilla. Assinou por três anos em dezembro de 2012.
Seis meses depois, o River anunciou sua contratação. Comprou 50% dos direitos. A vida no Monumental de Núñez era tranquila e com gols. Até que na Copa América de 2015 avisou que pretendia deixar Buenos Aires. O Corinthians até tentou contratá-lo. Mas foi o Sporting quem o bancou.
Em nove meses em Portugal, fez 24 jogos e seis gols. Teo quer cruzar o Atlântico outra vez. A questão para o Inter é se vale a pena gastar 2 milhões de euros e ainda ganhar no pacote um gênio difícil para administrar. Com um vestiário jovem e com tantos jogadores em formação, talvez o colombiano não seja o melhor modelo de comportamento.