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Chegará ao fim na noite desta quarta-feira, no Passo D'Areia, uma das passagens mais marcantes e vitoriosas de um jogador na história do Inter. Andrés D'Alessandro não será mais jogador do clube após o confronto com o São José. Em coletiva na tarde desta quarta-feira, foi confirmada a saída do argentino para o River Plate por empréstimo de um ano.
– Por todas as conquistas em que ele nos ajudou e nos participou, não tive como dizer não a essa vontade, esse desejo do D'Alessandro de jogar a Libertadores pelo River – afirmou o presidente Vitorio Piffero, antes de passar a palavra ao ídolo.
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– É verdade, estou saindo do clube, por um desejo meu. Não é fácil...São sete anos e meio vivendo e convivendo com pessoas que me ajudaram muito. Estou voltando para a minha casa com a família maior. Tenho um filho gaúcho, que é motivo de orgulho – disse o agora ex-capitão colorado, que confirmou que está concentrado para a partida diante do Zequinha.
– Ainda não acredito na minha saída, acho que vai cair a ficha hoje à noite. Passei no vestiário para tirar minhas coisas. É triste – resumiu.
O capitão ainda afirmou que acredita que retornará ao Inter para encerrar a carreira.
– Se tudo correr bem, a minha história no clube não termina aqui – afirmou.
Na saída da coletiva, vários torcedores aguardavam o ídolo no Beira-Rio para se despedirem. D'Ale estará no Passo D'Areia na partida desta noite, mas não confirmou se entrará em campo.
D'Alessandro deixa o Inter após mais de sete anos. Chegou em 2008, e logo assumiu lugar de protagonista no grupo então comandado por Tite. Foi decisivo, ao lado de nomes como Alex e Nilmar, para a conquista da Sul-Americana logo em sua primeira temporada.
No ano seguinte, bateu na trave duas vezes na tentativa de dar um título nacional ao Inter. Foi vice-campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão, não sem antes se desentender com o técnico Tite. Em meio à temporada, o técnico foi substituído por Mário Sérgio.
Em 2010, firmou seu nome na história do clube ao ser um dos comandantes da conquista do bicampeonato da América. Na semifinal diante do São Paulo, no Morumbi, coroou a atuação destacada com a falta que cobrou e foi desviada por Alecsandro para dar ao Inter o gol da classificação à final contra o Chivas, superada com duas vitórias. O título, combinado com a fama de carrasco do Grêmio, solidificava a imagem como ídolo.
No final do ano, porém, vive sua maior decepção na passagem pelo Beira-Rio. O Mundial de Clubes reserva a derrota amarga para o Mazembe – a mais marcante da história do clube.
A trajetória é marcada, também, por polêmicas. As frequentes alfinetadas no Grêmio o tornam alvo de ódio dos torcedores rivais. Em 2012, causa frenesi ao afirmar, na saída de campo após derrota para a Portuguesa, que poderia "pular da barca", gerando especulações sobre seu futuro. Na mais recente controvérsia, disse torcer para que a Primeira Liga não saísse por conta do calendário recheado de jogos, uma declaração que foi prontamente repreendida pelo vice de futebol Carlos Pellegrini.
D'Alessandro deixa o Inter para defender o clube que o revelou para o futebol. No River, o argentino atuou entre 2000 e 2003. De lá, saiu para o Wolfsburg, da Alemanha, e ainda passou por Portsmouth, da Inglaterra, e Zaragoza, da Espanha, antes de retornar à América do Sul para atuar pelo San Lorenzo, de onde o Inter o tirou.
O meia se despede do Beira-Rio com 340 jogos, 176 vitórias, 84 empates e 80 derrotas. Marcou 76 gols e distribuiu 79 assistências. Conquistou nove títulos.
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