Começou com o Inter uma situação que deve virar rotina no esporte brasileiro em 2016: testes surpresas antidoping. O exame, feito pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) em conjunto com a Comissão de Controle de Dopagem da CBF na terça-feira, no CT Parque Gigante, dá início a uma "luta contra a dopagem". Ele começou pelo Beira-Rio por conta dos dois jogadores colorados que testaram positivo para duas substâncias diuréticas proibidas pela ABCD – Nilton e Wellington foram suspensos preventivamente pela CBF por 90 dias.
Ausentes no dia do exame surpresa, Sasha e Valdívia farão os testes nos próximos dias
O Atlético-MG passou por testes semelhantes. As finalidades, porém, eram distintas. De acordo com o secretário nacional para ABCD e membro do Conselho Nacional do Esporte, Marco Aurélio Klein, os exames no grupo mineiro aconteceram em função de o time ter disputado uma competição Mundial, e o procedimento seria uma exigência da Fifa. Estes novos, que devem chegar a outros clubes do futebol brasileiro na próxima temporada, servem para que a ABCD faça um banco de dados ou um "passaporte biológico" de cada atleta.
– Estamos em uma luta contra a dopagem. O número de testes vai crescer. Cada vez mais, estamos fazendo em
Procedimento padrão foi antecipado por exames positivos no Inter, diz dirigente da CBF
modalidades esportivas olímpicas e paraolímpicas. Para se ter uma ideia, em alguns casos, vamos fazer, no mínimo, seis testes em cada atleta até as Olimpíadas – explicou Klein.
Proximidade nos casos de doping de Nilton e de Wellington fez CBF optar por teste surpresa no grupo do Inter
Os controles antidopagem podem acontecer de duas maneiras: em competição (o atleta pode ser selecionado por sorteio, com base na classificação obtida ou outro critério específico) ou fora de competição (atleta pode ser selecionado por sorteio ou por uma forma dirigida, sem aviso prévio) – este último escolhido para ser realizado no Inter nesta terça-feira.
– Três casos de resultados adversos (que testaram positivo) foram informações importantes na escolha – finaliza Klein.
CBF faz teste antidoping surpresa no grupo do Inter
Após a coleta dos materiais no CT Parque Gigante na terça-feira, um integrante da ABCD viajou de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, onde está localizado o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem. O laboratório recebe duas amostras de um mesmo atleta, a prova e a contraprova. Todo material chega com uma identificação numérica, sem o nome do jogador. Quando há resultado analítico adverso, conhecido usualmente por "positivo", os diretores da ABCD são avisados. Depois, o jogador e o clube correspondente são comunicados. O atleta tem o direito de pedir a amostra B, a contraprova, e pode, inclusive, comparecer no laboratório com um acompanhante (normalmente, um advogado) na hora da abertura deste segundo material.
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