Um pedido de R$ 54 milhões como suplementação orçamentária será feito na noite desta segunda-feira pela gestão do Inter ao seu Conselho Deliberativo. A cifra é necessária, de acordo com a chamada do dia, para sanar débitos do clube.
O Conselho Fiscal do Inter chama atenção à quantia, uma vez que, destes R$ 54 milhões, segundo a gestão, metade seria retirado de possíveis descontos auferidos em negociações com credores, alicerce de empréstimo bancário junto ao Banrisul de R$ 60 milhões, que ainda não ocorreu.
Segundo números apresentados à imprensa em um café da manhã, o Inter opera com um superávit gerencial de R$ 20 milhões. Contudo, os custos terão de ser reduzidos. O departamento de futebol tem um custo de R$ 13 milhões e, somente a folha do elenco profissional, custa R$ 8,5 milhões.
Até agosto, o Inter aplicou R$ 108 milhões no futebol. Desse valor, R$ 96,05 milhões (88,1%) foram para o futebol profissional, enquanto R$ 12,8 milhões (11,8%) foram destinados às categorias de base.
Outra questão que será levantada por conselheiros na noite de hoje será a venda de Charles Aránguiz ao Bayer Leverkusen. Dos 13 milhões de euros resultantes na negociação, apenas 2 milhões de euros (R$ 7,3 milhões na cotação da época da venda) entraram para os cofres do Inter. Os demais 11 milhões de euros (R$ 40,7 milhões) rechearam a conta de Delcir Sonda.
O Inter explica que havia uma dívida com Sonda desde a compra de Aránguiz, na temporada passada. O investidor colorado bancou, em 2014, a aquisição do camisa 20 por US$ 5 milhões (R$ 12 milhões naquele ano). O contrato de Aránguiz com o Inter seria até junho de 2019. Segundo alguns conselheiros, a dívida com Sonda não tem ligação com uma eventual venda do volante.
Imagens: Raquel Saliba
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