O presidente do Inter, Vitorio Piffero, revelou em entrevista à Rádio Guaíba quem considera responsável por uma recente queda no número de associados do clube: a imprensa.
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Esse tipo de pensamento é mais perigoso do que qualquer erro de escalação, qualquer contratação malfeita, qualquer derrota. Esse tipo de pensamento está por trás da falta de conquistas relevantes do clube nos últimos anos. É o padrão de raciocínio de quem não consegue enxergar os próprios erros, corrigi-los e seguir adiante.
Quer dizer que a imprensa não erra? Longe disso. Erra, a exemplo de qualquer atividade humana, e paga o preço por isso, quando ocorre, na forma de prejuízos a sua credibilidade. Mas atribuir os problemas do Inter a notícias que circularam a respeito de possíveis vendas de Geferson e Alisson é fazer tática de avestruz: enterrar a cabeça em um buraco para fugir da realidade.
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Se o Inter perde sócios, não é por "mentiras coletivas" da imprensa. O associado somente deixa o quadro do clube quando não acredita nos rumos da instituição. Quando não a vê capaz de formar equipes consistentes ou ganhar títulos relevantes no curto prazo. O resto é bobagem. A torcida não abandonou Aguirre quando o uruguaio começou a ser bombardeado por críticas - então o o torcedor colorado não é exatamente um cordeirinho que segue tudo o que lê ou escuta.
Se o Inter perde sócios, é porque paga salários irreais para atletas que já deveriam ter se aposentado - por idade ou insuficiência técnica -, dá muito mais chances a medalhões do que a jovens (Aguirre foi uma recente exceção), contrata jogadores incapazes de dar resposta no curto prazo, não coloca em prática uma política de futebol que resulte em reforços pontuais e certeiros.
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Se o Inter perde sócios, é porque é eliminado de competições. Porque perde jogos que deveria ganhar com facilidade. Porque leva cinco gols do rival tricolor e três do modesto Avaí. Na noite desta quarta-feira, o Colorado terá a chance de reconquistar um pouco da confiança perdida desde a saída traumática da Libertadores.
Se vencer o Vasco e emendar uma série de boas partidas, os sócios voltarão. Se contratar bem, os sócios voltarão. Se valorizar os bons jogadores da casa, se mandar para longe do Beira-Rio os atletas sem condição de atuar em alto nível, os sócios voltarão. Estarão pouco preocupados com o que a imprensa publicar, porque estarão confiantes no time e no clube.
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Nesta quarta, o Inter precisa vencer. E não pode levar gol do Jorge Henrique. O resto é bobagem, presidente. É hora de tirar a cabeça do buraco e fazer o necessário para devolver o Inter ao caminho das glórias.
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