A convite do Inter, jornalistas estiveram no Beira-Rio nesta sexta-feira para um café da manhã com o presidente Vitorio Piffero. O encontro serviu não só para apresentar os novos números até o mês de agosto do Portal da Transparência, como para esclarecer informações. O Inter, por exemplo, buscou um empréstimo de R$ 60 milhões, que será utilizado para quitar dívidas. Além disto, renegocia os reforços semestrais acertados com D'Alessandro. Isso porque o meia argentino recebe em dólar e, na época do acerto, a moeda estrangeira valia cerca de R$ 2,70 (hoje, está cotada a R$ 3,91).
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Empréstimo bancário
O Inter buscou R$ 60 milhões em empréstimos bancários. O clube deve começar a receber os recursos dentro de um mês. Esse dinheiro será utilizado para quitar dívidas. O Inter tentará reduzir o custo do serviço bancário e dos juros da seguinte maneira: negociando com os credores a forma de pagamento. Para "furar a fila" e receber antes o que é devido, ao fornecedor será exigido um desconto de pelo menos 15% sobre a dívida. Se aceitar abater, receberá em uma primeira leva de novos pagamentos. Caso contrário, entrará no fluxo comum de créditos.
Forlán e Scocco
Diego Forlán e Scocco também são credores do Inter. O uruguaio cobra na Justiça do Trabalho a quantia de R$ 5,9 milhões referentes aos salários e à quebra do contrato em 2013 e negocia com os advogados do clube cerca de R$ 3,8 milhões. Scocco cobra cerca de R$ 6 milhões do Inter.
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Charles Aránguiz
A venda de Charles Aránguiz ao Bayer Leverkusen trouxe para os cofres do Inter cerca de 2 milhões de euros (R$ 7,3 milhões na cotação da época da venda). Os demais 11 milhões de euros (R$ 40,7 milhões) rechearam a conta de Delcir Sonda. O Inter explica que havia uma dívida com Sonda desde a compra de Aránguiz, na temporada passada. O investidor colorado bancou, em 2014, a aquisição do camisa 20 por US$ 5 milhões (R$ 12 milhões naquele ano). O contrato de Aránguiz com o Inter seria até junho de 2019.
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Anderson
Há convicção no acerto ao se investir em Anderson. Antes da contratação, Vitorio Piffero consultou Diego Aguirre, que aprovou o reforço. Anderson custou R$ 5,5 milhões, com pagamentos programados para 48 meses - para o jogador e para empresários. No dia seguinte, o Inter vendeu 50% dos direitos do meia ao Grupo DIS (do investidor Delcir Sonda), por R$ 3 milhões. Segundo Piffero, Anderson não custou 20% do Forlán.
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Folha e superávit
Desde janeiro, o custo operacional do departamento de futebol foi reduzido de R$ 17 milhões para R$ 13 milhões. Somente a folha do elenco profissional custa R$ 8,5 milhões. Até agosto, o Inter aplicou R$ 108 milhões no futebol. Desse valor, R$ 96,05 milhões (88,1%) foram para o futebol profissional, enquanto R$ 12,8 milhões (11,8%) foram destinados às categorias de base. Apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube, devido aos drásticos cortes de custos feitos até aqui, o Inter opera com um superávit gerencial de R$ 20 milhões.
Quadro social
Apesar da eliminação na Libertadores, o Inter bateu na casa dos 115 mil associados. Mesmo contando com uma inadimplência de cerca de 10%, o clube vem faturando cerca de R$ 6,1 milhões ao mês com o quadro social.
Renovação de Alisson
Vinculado ao Inter até 9 de novembro de 2016, o goleiro Alisson está em vias de renovar sua estada no Beira-Rio. A negociação já está em andamento.
Argel Fucks
Piffero descontraiu e avisou: Argel foi contratado para ganhar tudo. Questionado sobre o desempenho do técnico, o presidente foi claro, confia no trabalho do treinador, mas, naturalmente, condiciona a sua permanência aos resultados de campo e à evolução do time. Segundo Piffero, o Inter já estaria no G-4 se a arbitragem (que começou com o carioca Pericles Bassols Pegado Cortez e terminou com o gaúcho Jean Pierre de Lima) de Avaí 3x0 Inter não tivesse prejudicado a equipe, deixando de marcar um pênalti em Sasha (quando a partida estava empatada em 0 a 0) e dando um pênalti para os catarinenses.
Uniforme
Enquanto renegociava o contrato com a Nike, a fim de obter melhores condições da fornecedora norte-americana de material esportivo, a direção foi à Itália. Lá, entrou em contato com a Giorgio Armani, a fim de buscar um parceiro que ajudasse o clube a produzir o seu próprio material - visando a um lucro maior. Como a Nike acabou oferecendo alguns avanços no novo contrato, o Inter deixou um pouco de lado a ideia e decidiu manter a parceria.
Profut
O Inter lidera um movimento de clubes para que ocorram mudanças na redação final do texto que regulamentará o Profut (a nova legislação do governo federal para renegociar as dívidas fiscais dos clubes de futebol). Haverá um encontro no dia 25 de setembro.
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Copa Sul-Minas
No Beira-Rio, há algum entusiasmo com a volta da Copa Sul-Minas. Mas não para 2016. Piffero entende que somente a partir de 2017 haverá datas no calendário para abrigar essa competição no primeiro semestre. Além disso, o clube está satisfeito com a verba que recebe da TV para o Gauchão. Algo que não ocorre com os clubes catarinenses e paranaenses.
Vitinho
Há uma negociação em andamento para a renovação do empréstimo junto ao CSKA.
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