Toda a ansiedade e angústia de mais de 40 dias à espera de um jogo explodiu na última quarta-feira, aos quatro minutos do primeiro tempo, quando DAlessandro enfiou o pé de canhota, num belo chute de fora da área, e marcou o primeiro gol contra o Tigres. O Beira-Rio lotado veio abaixo, bem como um dedo da minha mão direita - mais precisamente, o dedo foi para a diagonal e quebrou em meio ao mar de gente que se abraçava, pulava, chorava e se ajoelhava.
Assim como o nosso capitão, que ficou um tempo no Departamento Médico recuperando-se de uma fratura semelhante, eu também terei de integrar o DM e fazer companhia para Jorge Henrique - querem mandar algum recado para o craque tático?
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Em consulta no Hospital Mãe de Deus, o médico traumatologista mostrou que um osso que liga os dedos da mão direita rachou e só voltará ao lugar com uma placa. Nada grave. Porém, incômodo. Ao relembrar a mística noite copeira de 15 de julho, vêm cenas na minha memória de um Beira-Rio com uma superpopulação de colorados esperançosos e apreensivos, a ponto de uma catarse coletiva que de fato ocorreu aos 10 minutos, quando Valdívia fez o segundo gol.
Aqui cabe uma crítica e reflexão: é preciso um setor sem cadeiras no Gigante. Em partidas como a de quarta, as pessoas se aglomeram em pontos estratégicos, como no meio do campo e atrás das goleiras, e se acotovelam para poder assistir ao jogo. Nas comemorações, há riscos de os torcedores se machucarem, como de fato ocorreu comigo. As cadeiras acabam atrapalhando e tomando espaço. Não havia quase ninguém sentado durante os 90 minutos em boa parte da Arquibancada Inferior. Por quê, então, manter cadeiras em tudo?
Agora, corro contra o tempo para colocar o dedo no lugar e ficar apto para retornar ao trabalho e, esperamos, à grande final no Beira-Rio. Com a parceria de Valdívia Gonzatto e Sasha Raquel, que escreveram este texto que eu ditei, estarei de volta em breve. Enquanto isso, o DAlessandro me deve um pedido de desculpas.
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