Artilheiro do Inter no Brasileirão, com oito gols, Rafael Moura recuperou o moral com o torcedor ao final do campeonato. Prova disto são os aplausos que vem recebendo na pré-temporada de Bento Gonçalves, a cada gol que marca, até mesmo nos treinos específicos de conclusões. Após as dúvidas sobre a sua permanência no Beira-Rio, agora, ele surge como uma das alternativas de Diego Aguirre para o ataque colorado na Libertadores.
- Minha expectativa é muito grande com a Libertadores. Fui contratado para jogar Libertadores pelo Inter (meados de 2012), mas, desde que cheguei aqui, ainda não tive esta oportunidade - disse o centroavante.
- Gosto de jogar esta competição, é aguerrida. Esta edição de 2015 está mais especial ainda. Todos os gigantes estarão na competição este ano - emendou Moura, salientando que não se tratava de uma ironia ao Grêmio, mas, sim, por ter nomes como Boca, River e Nacional estão classificados.
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Mas o 2014 de Moura também foi marcado por alguns lances inusitados. Apresentou seus números em coletiva, perdeu um gol sem goleiro contra o Atlético-MG, jogou no gol em Chapecó, após a expulsão de Dida e encerrou o ano como "guarda-costas" do árbitro baiano Marielson Alves Silva, que poderia ser agredido pelos jogadores do Figueirense, após o jogo, irritados com a derrota de virada para o Inter, no Orlando Scarpelli.
- Fui matemático também - brincou Rafael Moura.
- O momento do papelzinho repercutiu muito (quando apresentou seus números, em coletiva). O de goleiro, mostrou o meu lado humilde, de tentar ajudar, de me humilhar na frente de todo o mundo. Já estava 4 a 0 mesmo (o jogo acabou 5 a 0 para a Chapecoense, com Moura sofrendo o gol de pênalti), não ia resolver nada, mas ninguém quis vestir a camisa de goleiro. Sobrou pra mim. Mas o último lance é o que fica, o do juiz. Corri atrás dele por instinto, nem sei o que fiz. Mas França e Tiago Heleno têm que me agradecer, poderiam ter sido punidos. Mas tudo isto acabou virando curtição nas redes sociais - afirmou Moura.
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O centroavante ainda brincou em meio à coletiva, sacando um novo papelzinho do bolso. Desta vez, porém, em vez de números, estava escrito "Feliz 2015".
- Agora não são números, não se preocupem. O feliz 2015 é para vocês, para nós, para o Inter - se divertiu.
Nesta mesma época, no ano passado, He-Man também sacou um papel do bolso. Trazia seus números, como tempo de jogo e gols marcados no Brasileirão, comparando aos de Forlán e de Damião.
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Ao final, Moura comentou sobre as vaias de 2014 e pediu um pouco mais de carinho aos torcedores:
- Me falaram que depois do governador e o prefeito, as maiores cobranças são em cima dos centroavantes de Inter e de Grêmio. Já pedi trégua ao torcedor, gostaria de ter um pouco mais de carinho, como outros jogadores da nossa equipe têm. Aplauso é muito mais gostoso que vaia.
Moura tirou o papel do bolso e surpreendeu a imprensa
Foto: LEANDRO BEHS/AGÊNCIA RBS
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Cheio de graça
Rafael Moura puxa bilhete do bolso e brinca: "Agora não são números, não se preocupem"
Centroavante relembrou fato de pré-temporada anterior, em que trouxe seus números comparados ao de Forlán e Damião em um papel
Leandro Behs
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