O Inter poderia ser o clube brasileiro campeão em qualidade de gestão, mas o ranço político histórico que freia o desenvolvimento dos clubes acabou afundando a melhor ideia do presidente Giovanni Luigi, no início da sua gestão.
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O dirigente queria profissionalizar o clube, racionalizando custo e buscando novas fontes de receitas. Com este objetivo, contratou o economista Aod Cunha, bem sucedido Secretário da Fazenda de Yeda Crusius. Aod, entre outras iniciativas revolucionários, tratando-se de futebol, conseguiu impedir que o Inter embarcasse na aventura de subsidiar a reforma e ampliação do Beira-Rio, pregando que o clube não suportaria o tamanho do endividamento que a obra produziria.
Foi bem sucedido neste intento, mas despertou furiosa oposição que acabou por derrubá-lo do cargo, cinco meses após ter assumido. Diante de uma nova crise econômica que abala os clubes brasileiros, retoma-se o discurso da profissionalização destas instituições.
Com Aod Cunha, o Inter poderia estar trilhando este novo caminho, mas o preconceito e obscuros interesses políticos fizeram com que o clube perdesse o trem da história. Aod Cunha deve estar pensando e murmurando: "Eu não disse"?