Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, descarta qualquer denúncia do atacante Barcos, do Palmeiras, por ter feito gol de mão - o lance acabou invalidado - na derrota para o Inter, no último sábado, no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Brasileirão.
- Estamos avaliando esse fato, mas por enquanto ainda não haverá punição. Às vezes o jogador sobe com o braço erguido para tentar o impulso, e a bola acaba pegando na mão. Não temos como provar a intenção do jogador neste lance, tanto é que o árbitro não tinha a certeza de que o jogador quis ludibriá-lo, porque ele (árbitro) recebeu a informação de terceiros. Também não vejo que o árbitro nem o jogador mereçam punição neste caso - declarou Schmitt.
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O lance gerou revolta dos palmeirenses, uma vez que o árbitro Francisco Carlos Nascimento (Fifa-AL) validou primeiramente o lance e em seguida voltou atrás depois de ser informado por outras pessoas presentes no gramado. O time paulista acusa a participação do delegado da partida, Gerson Baluta, na decisão da arbitragem, o que não seria permitido legalmente.
Durante a paralisação do jogo, Nascimento consultou os seus auxiliares e o quarto árbitro, Jean Pierre Lima (RS). Ainda não há provas que houve interferência externa - além dos componentes da arbitragem - para o árbitro tomar a decisão.
O clube também questiona a falta de convicção da arbitragem, uma vez que o Pirata, autor da infração, não foi advertido com cartão amarelo. Ele está pendurado. Depois da partida, Jean Pierre Lima foi ao vestiário do Palmeiras para se justificar. Nascimento e outros auxiliares não participaram da conversa com os dirigentes, segundo pessoas que presenciaram o encontro.