Criticado de forma dura por Dorival Júnior após a final do Gauchão entre Inter e Caxias, o auxiliar Altemir Haussman (Fifa-RS) deve conversar com o árbitro Márcio Chagas da Silva no meio-dia desta segunda-feira para esclarecer o que houve no momento da expulsão do técnico do Inter na decisão do estadual.
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Em entrevista a zhEsportes nesta manhã, Haussman declarou que, na súmula do jogo, deve constar que a retirada de Dorival do jogo foi "por protestar de forma veemente e reincidente". O fato fez com que Dorival soltasse o verbo contra a arbitragem na entrevista coletiva no Beira-Rio:
- Logicamente que ali, no calor do momento, eu gesticulo e às vezes cobro, às vezes me excedo. Não falei nenhum palavrão para ele, não falei nada. Infelizmente o senhor Altemir Haussman, que é um excepcional bandeira, desde que voltou da Copa do Mundo assumiu uma condição de ser mais importante que os jogadores dentro do espetáculo. E isso tem prejudicado suas atuações e as equipes que estão em campo no momento em que ele está arbitrando. Ali nós somos coadjuvantes, um complemento do espetáculo. Ele tem de se colocar no seu lugar, acima de tudo - disse Dorival.
zhEsportes - O senhor concorda com a posição de Dorival Júnior de que "assumiu uma condição de ser mais importante que os jogadores no espetáculo"?
Altemir Haussman - Eu acho que ele quer transferir para mim a responsabilidade dele (de ser expulso). Se eu começarmos a aceitar que cada treinador reclame daquele jeito, nos colocando contra a torcida, daqui a pouco árbitro está apanhando dentro de campo. Se eu estava escalado para o jogo, talvez seja justamente pela questão da experiência de Copa do Mundo, ser um árbitro Fifa. Na Europa, por exemplo, você não vê treinadores gesticulando daquela maneira.
zhEsportes - Mas o que houve no momento da expulsão?
Haussman - Já havia dito para ele parar de reclamar. Ele reclamou no lance do Dagoberto, mas já havia reclamado em outros lances. Quando rasgou a camisa do jogador do Caxias ele tinha reclamado. Ele ficava gesticulando. O árbitro reserva (Francisco Neto) já havia pedido para ele se acalmar. Era a quarta ou quinta vez que ele estava reclamando. Daí não dá para consentir.
zhEsportes - Ele diz que não falou palavrão. Houve alguma agressão verbal?
Haussman - Em nenhum momento ele me ofendeu. Foi expulso por protestar de forma veemente e reincidente. Até porque hoje é dificil você expulsar um técnico por falar palavrões. Hoje é normal, digamos assim, falar c*****o. No momento da expulsão ainda disse: "Tu não consegues conversar conosco sem bater braço". Estava complicado.