Depois de tantas rodadas de melancolia, o torcedor do Grêmio respira mais aliviado. A vitória do último domingo (1º) por 2 a 1 sobre o São Paulo, somada aos demais resultados da 36ª rodada do Brasileirão, deu fim ao medo do clube de conviver até o fim do ano com o fantasma do rebaixamento. Cristaldo e Ruan, contra, marcaram os gols gremistas. Luiz Gustavo descontou na segunda etapa, mas nada que ameaçasse o resultado favorável para o objetivo azul.
O gol de Ramiro, ex-Grêmio, que garantiu o empate em 1 a 1 entre Bragantino e Cruzeiro foi o último dominó a cair na série de peças que salvaram o Tricolor antecipadamente. Com 44 pontos, e 12 vitórias, a distância de seis pontos para o Z-4 garantiu matematicamente o clube na Série A do ano que vem.
Atirado no gramado, Marchesín comemorou aliviado a vitória após o apito final. Depois das vaias no anúncio de seu nome na escalação, Renato Portaluppi reuniu os jogadores no centro do campo regeu a celebração da vitória.
Apesar do alívio em campo, o pós-jogo na Arena foi quente. Começou minutos depois da festa dos jogadores com a torcida no gramado. Instantes depois do goleiro falar que classificar na Copa Sul-Americana seria obrigação, Renato retirou os atletas que concediam entrevista na zona mista. Antes de rumar para o vestiário acompanhado do técnico, Villasanti conseguiu falar sobre a partida.
— Sabíamos que tínhamos a obrigação de vencer — disse o paraguaio.
Em sua entrevista coletiva, Renato reagiu mais uma vez sobre as críticas recebidas. Ao ser questionado sobre as críticas recebidas, o técnico atacou o presidente da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos, a Aceg, sobre a nota divulgada pela entidade após a entrevista no Mineirão. O treinador disse que não se arrependia do que disse em relação a comparação das cobranças que as famílias dos jogadores sofriam e que isso também poderia acontecer com os jornalistas.
— Não tenho bronca de ninguém na imprensa nacional. É com a gaúcha. Alguns daqui, Na aldeia. Sei o que eles querem e pensam. Querem tumulto. Atacam treinador e direção. Acham que são intocáveis. Esse é um idiota pela nota que escreveu. Ninguém é encrenca. Nós temos a maior educação com vocês. Vamos ser profissionais. Alguns de vocês estão acabando com o futebol. Parem de seguir essas pessoas. Não são todos. Estou falando dos idiotas -- rebateu.
Sobre o futuro, principalmente em relação aos próximos dois jogos e sua permanência ou não para 2025, Renato afirmou que conversará com a direção nos próximos dias para definir essas questões.
— Tenho contrato até 31 de dezembro. Farei os dois próximos jogos. Podemos chegar à Sul-Americana ainda. Não sabemos o que nos aguarda ainda. Vamos conversar amanhã para planejarmos os próximos jogos - afirmou.
A partir desta segunda-feira (2), na reapresentação dos jogadores, as conversas sobre o futuro do clube começam a tomar forma. Mas antes será preciso disputar a partida de quarta-feira (4) contra o Vitória para saber se a briga dos próximos dias será ainda por uma vaga à Copa Sul-Americana ou apenas evitar matematicamente o risco de rebaixamento.
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