Quatro rodadas do Brasileirão separam o Grêmio do fim de 2024. Até 8 de dezembro, depois dos jogos contra Cruzeiro, São Paulo, Vitória e Corinthians, a história do clube nesta temporada terminará de ser escrita.
Após um primeiro capítulo de glória no ano com a conquista do hepta gaúcho, o restante tem sido de terror para o torcedor gremista. E para evitar de vez que o risco de uma nova queda para a Série B, Renato Portaluppi e a direção tentam encontrar soluções para que o time pare de decepcionar em momentos decisivos.
O exemplo mais recente de problemas se observou na última quarta. Com três minutos de jogo contra o Juventude, o Grêmio tinha aberto o placar.
O rendimento do time, no entanto, foi minguando até que o adversário buscasse a virada ao aproveitar erros defensivos. O gol contra de João Lucas, após o chute de Cristaldo, salvou o Tricolor de uma derrota que traria ainda mais receio ao torcedor.
Uma repetição de problemas que ficou evidente nas palavras de Braithwaite após a partida.
— Se estamos contentes com o 1 a 0, não posso dizer o porquê. Começamos muito bem. Nós jogadores temos que fazer muito mais. Não temos desculpa. Não é treinador ou torcida. São os jogadores no campo. Temos de fazer melhor — afirmou o dinamarquês.
Centroavante do time em 2003, quando o Grêmio escapou da queda, Christian apontou que o caminho para o Tricolor não sofra nesta reta final do Brasileirão passa pelo foco dos atletas em executar as orientações da comissão técnica.
— Acredito que o Grêmio precisa manter uma organização tática sólida. Jogar de forma compacta, com todos os atletas demonstrando comprometimento, é crucial. No jogo contra o Juventude, observei um bom início, mas é essencial sustentar essa organização, concentração e intensidade durante os 90 minutos. Quando as coisas não vão bem, parece que tudo conspira contra — afirmou o ex-centroavante.
Cláudio Duarte, primeiro técnico campeão da Copa do Brasil, também viveu momentos complicados no clube. Ele evitou a queda do clube no Gauchão de 1989. Agora, com duas semanas de calendário pela frente, o treinador aponta que o caminho para reverter os resultados ruins passa mais pela mobilização do que parte tática ou técnica.
— Agora é instar coragem nos jogadores. Se o resultado vier, sem problemas. É o risco que vai correr. Se ganhar, me serve. Quem passa por esse tipo de situação, sabe que se vai jogar bem ou não é outra coisa. Não pode tomar gols e ter que fazer no mínimo um — comentou.
Se mantiver o atual aproveitamento nas últimas quatro rodadas, atualmente o clube conquista 39% dos pontos disputados, o Tricolor somaria quatro pontos nos 12 em disputa.
Pontuação que afastaria o risco de queda para a Série B. Pela projeção do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o Grêmio tem risco de apenas 6,4% de cair para a Série B, ainda sem contar com o resultado do jogo da última sexta entre Fluminense e Fortaleza.