Matías Arezo demonstrou insatisfação com a falta de oportunidades no Grêmio. Em entrevista ao Ovación, caderno esportivo do jornal uruguaio El País, o atacante revelou que não tem recebido as chances que imaginava quando foi contratado pelo Tricolor em julho deste ano.
— Eu encaro de forma tranquila, mas não com as expectativas que imaginava na hora de vir, porque claramente minha chegada da Europa sempre foi com a ideia de jogar como fiz quando vim ao Peñarol. Com o objetivo de ser protagonista e voltar a me sentir eu mesmo, o que nestes seis meses não ocorreu. Mas além do futebol, encontrei outra responsabilidade que sempre vai estar acima do meu trabalho, que é meu filho e minha família. Então, isso tem me ajudado também a encarar este tempo com muito mais tranquilidade, com a expectativa de que minha esposa esteja bem, cuidando do bebê e ter a tranquilidade de dizer: "Bom, tenho que treinar, estar bem e se as coisas acontecem, acontecem — disse.
Desde que chegou a Porto Alegre, Arezo participou de 12 partidas pela equipe principal, sempre saindo do banco de reservas. Ao todo, completou 133 minutos em campo, sem ter marcado nenhum gol. A única vez em que começou como titular foi no Gre-Nal válido pela Copa FGF, quando integrou o time B.
— No final, estou pensando praticamente em treinar e ver o que acontece no próximo ano, já que estamos a ponto de terminar (a temporada) e a vontade e expectativa que eu tinha na hora de vir, que era de somar minutos, jogar e ajudar a equipe, creio que não saiu como eu esperava. Mas tenho que me preparar para o que vem. Também assinei um contrato longo (até o fim de 2028). Então, isso me traz tranquilidade — comentou.
Revelado no River Plate de Montevidéu, o atleta de 22 anos foi vendido ao Granada, da Espanha, mas não conseguiu se firmar na Europa. No ano passado, foi emprestado ao Peñarol, por quem conquistou o Torneio Apertura e terminou como goleador, com oito gols marcados. Por esta boa relação, deixou aberta a possibilidade de retornar ao clube uruguaio no futuro.
— Eu tenho contato muito seguido com o Nacho (Ignacio Ruglio, presidente do Peñarol), mais como torcedor do que outra coisa. Sempre me transmite que gostaria que eu estivesse aí. Eu, como jogador e como pessoa, nunca vou fechar a porta para o Peñarol. Sempre vou estar aberto para conversar. O que vai acontecer depois, obviamente, vai depender de muitas coisas. Recém cheguei ao Grêmio, então são muitos fatores que tenho de pensar, mas sim, falamos no sentido de sentar, ter uma conversa. Sempre vou estar aberto porque é um clube que me abriu a porta em um momento complicado, quando eu não estava indo bem. Então, creio que eles também merecem o mesmo respeito que me deram — concluiu.