Chegou a hora da afirmação. Depois de mostrar recuperação no Brasileirão, mas decepcionar com a eliminação na Copa do Brasil, o Tricolor terá o duelo nesta terça-feira (13) contra o Fluminense pelas oitavas de final da Libertadores. Um jogo para mostrar que a boa fase é real e que as dificuldades foram deixadas para trás. E nada melhor para isso do que uma noite de Libertadores.
A competição era tratada como o grande objetivo do Grêmio no ano. O roteiro, depois do título do Gauchão, parecia que seria reescrito com o prejuízo causado pela enchente e a situação delicada vivida no Brasileirão.
A chegada de reforços, o retorno de Soteldo da Copa América e a volta de jogadores do departamento médico injetaram vida novamente nas aspirações gremistas de mais uma taça continental.
Principal objetivo em 2024
O momento também parece ter se tornado favorável ao Grêmio. Sorteado para enfrentar o atual campeão, o Tricolor conseguiu chegar até um momento mais tranquilo. E poderá confirmar no jogo de ida que a Libertadores é, de fato, o seu principal objetivo para 2024.
— Para o Grêmio, os confrontos contra o Fluminense não são apenas de afirmação pelos bons resultados recentes no Brasileiro, mas também permitem manter uma meta ambiciosa após a queda na Copa do Brasil. Agora, com o elenco reforçado e sem pudores para poupar no campeonato nacional, se passar pelo Flu jogando bem, o time pode sonhar alto na Libertadores, o que já não parece viável no Brasileirão — avalia Gian Oddi, que comentará o jogo hoje na ESPN.
Escalação
Para a decisão contra o Fluminense, Renato terá à disposição algumas alternativas. O técnico adotou o mistério para definir a escalação que será utilizada nesta terça-feira. E as dúvidas vão do esquema tático, o 3-4-3 ou o 4-2-3-1, aos jogadores que serão utilizados.
— É importante ter essas opções. A gente precisa levar em consideração várias coisas, a viagem um pouco cansativa. Jogamos no sábado e já na terça tem mais um jogo duríssimo contra o Fluminense, pela Libertadores. Domingo vamos aguardar a revisão médica — projetou Renato.
O adversário
O Fluminense também vive situação delicada no Brasileirão. Até pior do que a do Grêmio, na realidade. O péssimo desempenho na competição custou o cargo de Fernando Diniz, que deu lugar a Mano Menezes no início de julho. O técnico até o momento comandou a equipe em 10 partidas, com quatro vitórias, três empates e três derrotas. Uma mudança que passou pela troca do estilo de jogo da equipe.
— Vamos jogar um pouquinho mais direto, o que não significa dar chutão, até porque não temos jogadores com características para ficar jogando bola longa para disputa. Mas que tenhamos um pouquinho mais de ambição imediata para pegar o adversário desorganizado — disse o atual técnico da equipe carioca em sua entrevista coletiva de apresentação.
Poupado na última rodada do Brasileirão, Thiago Silva, vice-campeão da competição em 2008, com Renato no comando, é a grande novidade do Fluminense para o segundo semestre. O zagueiro voltou a defender o time carioca após ter seu contrato com o Chelsea encerrado.