Mesmo com a derrota na noite desta quinta-feira (13), Renato Portaluppi elogiou a atuação do Grêmio diante do Flamengo, no Maracanã. O Tricolor perdeu por 2 a 1 e viu o Flamengo abrir dois gols de vantagem, descontando apenas no último minuto do confronto, com de Edenilson.
— Apenas concordo que a gente não acertou na maioria dos chutes no alvo, o gol. A minha equipe poderia ter saído na frente no placar pelas oportunidades que criamos no primeiro tempo. Infelizmente, nós não fomos felizes. Infelizmente para a gente, no final do primeiro tempo, nós tomamos o gol — avaliou o treinador gremista.
Luiz Araújo abriu o placar para o Flamengo aos 41 minutos da primeira etapa. Ao orientar o time a buscar "pelo menos o empate", como ele mesmo se referiu na entrevista pós-jogo, Renato disse saber que a equipe deixaria espaços para o adversário, no contra-ataque. Justamente em contragolpe flamenguista, veio o segundo gol de Luiz Araújo, aos 22 minutos.
— Nós sabíamos que iríamos deixar espaço para o contra-ataque do Flamengo. Um desses contra-ataques o Flamengo aproveitou. Fez o segundo gol. Mas isso não vai tirar os méritos da atuação do Grêmio. A minha equipe se comportou bem. Só faltou o gol, principalmente se nós tivéssemos feito antes do Flamengo. É sempre ruim correr atrás do adversário — acrescentou Renato.
Aos 47 minutos da etapa final, Kannemann tomou cartão amarelo — o terceiro no Brasileirão — e está fora do próximo confronto pelo campeonato, diante do Botafogo, no domingo (16), às 18h30min, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo. De acordo com o treinador, já era previsto que Kannemann não estivesse à disposição.
— Ele dificilmente consegue jogar duas partidas em um período de três dias. Ele tomou o terceiro cartão amarelo porque nós sabíamos que eles não teriam condições físicas para o jogo de domingo. Para o lugar dele, eu tenho mais dois dias pela frente para pensar (quem vai jogar) — comentou o técnico.
Renato ainda explicou o porquê da decisão do Grêmio de jogar no Espírito Santo. A opção faz parte de um acordo com o Botafogo para que as duas partidas, de ida e volta, sejam em campo neutro. Essa possibilidade foi aberta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no congresso técnico de maio, para reduzir o prejuízo técnico dos times gaúchos em função da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
— O Botafogo foi muito parceiro nosso, diga-se de passagem. Mas aí as pessoas que estavam tentando realizar o jogo em Brasília (no estádio Mané Garrincha) se tocaram depois que tinha em show em Brasília. Aí tivemos que sair de Brasília. O melhor local é o Espírito Santo. No Couto Pereira, o Coritiba é dono do estádio. O Coritiba joga também a Série B. Não é toda hora que a gente pode jogar lá. A gente joga no Espírito Santo e, depois, o outro jogo, no segundo turno, provavelmente, vai ser em Brasília — justificou Renato.