Em busca de reforços para o ataque em 2024, o Grêmio está próximo de fechar com Soteldo. Maior driblador do último Brasileirão, o venezuelano marcou apenas um gol pelo Santos, que acabou rebaixado para a Série B. GZH questionou os jornalistas Cesar Cidade Dias, José Alberto Andrade e Diogo Olivier se o Tricolor deve investir na contratação do venezuelano.
Cesar Cidade Dias, colunista de GZH
Soteldo é contratação de risco diante de tudo que está exposto. Se é verdade que não se discute a parte técnica, é preciso dizer que os números são definitivos quanto a sua importância para o time. O Grêmio crê que, com Renato, as coisas sejam diferentes. O pensamento mágico, portanto, é o que transforma esse reforço em grande incógnita. O futebol mudou, mas algumas práticas seguem rigorosamente iguais. Ao torcedor, resta torcer que Soteldo seja mais no Grêmio do foi no Santos.
José Alberto Andrade, apresentador e repórter da Rádio Gaúcha
Soteldo é um grande reforço para o Grêmio, mas exigirá que Renato Portaluppi faça valer sua fama de bom gestor de grupo. O venezuelano, com seu futebol, já venceu o preconceito contra a baixa estatura, tem boa idade — 26 anos —, alta capacidade técnica, boa velocidade de execução das jogadas e vocação ofensiva. É exatamente o ataque que precisará ser reconstruído pelos gremistas após a saída de Luís Suárez, seja com um novo centroavante ou com jogadores que sustentem o setor. Soteldo é assim e se mostra alguém mais definido e estável do que Ferreira, aquele que seria seu concorrente no Tricolor. Onde entra Renato? Cabe ao treinador dar foco ao atleta, seja no campo, com responsabilidade maior de marcação, ou fora das quatro linhas, mostrando disciplina exigida de verdadeiros profissionais.
Diogo Oliver, colunista de GZH e comentarista da Rádio Gaúcha
Vale, ainda mais por empréstimo. O Grêmio não pode contratar quem bem quiser, por falta de dinheiro. O Grêmio dos superávits passou. Ao mesmo tempo, tem de agregar qualidade. O Santos puxou Soteldo para baixo. Teria caído antes sem ele. Na Venezuela, que largou como sensação das Eliminatórias, está bem. A parte extracampo fica na mão de Renato. Vale o investimento, que sugere o velho sonho de Renato, que é sempre tentar um time com dois extremas. Em 2024, Soteldo e Nathan Fernandes, para começar.