A CBF admitiu que o pênalti não marcado em cima de Matheus Bidu, após contato de João Pedro dentro da área de Gabriel Grando, foi erro do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima e da equipe do VAR, comandada por Rafael Traci, na derrota do Grêmio para o Corinthians, na Arena. Wilson Luiz Seneme, chefe de arbitragem da entidade, afirmou, nesta terça-feira (14), que houve equívoco na partida de domingo (12).
— A equipe do VAR focou muito na ação do atacante (Matheus Bidu, na ocasião). Esqueceram de avaliar a ação do defensor (João Pedro), porque quem comete a falta neste caso é o defensor, não o atacante. A principal referência não pode ser o atacante — relatou Wilson, durante o Papo de Arbitragem, divulgado no site da CBF.
Na sequência, o representante da entidade afirma que Bidu valorizou o contato sofrido, mas diz também que isso não interfere no fato de ter acontecido uma infração.
— Toda a carga de peso está sobre o jogador do Corinthians, que tinha a preferência do jogo. Visivelmente o defensor do Grêmio tem ação imprudente. Mesmo que não haja referência clara de empurrão, o peso do corpo estar nas costas do adversário, com esta carga, é o suficiente para levar o jogador para o chão — afirmou.
Algumas horas após o término do confronto na Arena do Grêmio, a CBF compartilhou o áudio da equipe da arbitragem de vídeo, o qual foi dito que o contato teria sido forçado por Bidu.
No lance seguinte ao pênalti não marcado a favor do Corinthians, o zagueiro da equipe paulista fez uma falta forte em Besozzi e acabou expulso pelo árbitro após o VAR acioná-lo. O cenário do jogo mudou completamente, mesmo com a vitória do time que, segundo o chefe de arbitragem da CBF, foi prejudicado neste lance.