Em busca de um goleiro para a próxima temporada, o Grêmio demonstra interesse em Agustín Rossi do Boca Juniors. O atleta de 27 anos não chegou a um acordo com o clube argentino para prorrogar seu contrato, que vence em junho de 2023, e também tem conversas com o Flamengo. GZH conta a trajetória de Rossi.
Nascido em Buenos Aires, em agosto de 1995, Rossi iniciou a carreira no Chacarita Jrs. e passou por Defensa y Justicia e Estudiantes antes de chegar ao Boca Juniors, em 2017. Com 22 anos, ele teve a tarefa de substituir Agustín Orion — goleiro reserva da Argentina na Copa do Mundo de 2014, que deixou o Boca após a Libertadores de 2016, em que o clube caiu na semifinal para o Independiente del Valle —, e foi titular na conquista da Superliga Argentina da temporada 2017/18.
Uma falha em derrota para o Palmeiras, pela fase de grupos da Libertadores de 2018, fez com que Rossi passasse a ser contestado na Bombonera. O clube então desembolsou 5 milhões de euros para contratar Esteban Andrada, vice-campeão da América pelo Lanús no ano anterior perdendo a final para o Grêmio.
Rossi, porém, teve revanche ainda durante aquela Libertadores. Por uma fratura na mandíbula sofrida no lance que causou a polêmica expulsão do zagueiro Dedé, do Cruzeiro, na Bombonera, Andrada foi desfalque nas semifinais e no primeiro jogo da final contra o River Plate. No Superclássico, teve atuação destacada e até houve críticas ao técnico Guillermo Schelotto por ter devolvido a titularidade para Andrada na partida de volta, disputada em Madrid, que acabou com triunfo do River por 3 a 1.
Ida ao Lanús e volta como protagonista
Insatisfeito com a condição de reserva, Rossi decidiu deixar a Bombonera e acabou emprestado ao Antofagasta-CHI e, posteriormente, ao Lanús. O bom desempenho no período de 18 meses fora da Bombonera levou o goleiro a retornar para o Boca. Com a saída de Andrada, ele voltou a ser titular para atingir uma condição de ídolo da torcida nos últimos tempos.
Rossi recuperou a confiança da torcida ao se destacar em cobranças de pênalti. Na Copa da Liga Argentina de 2021, disputada no primeiro semestre, ele brilhou diante do River Plate ao defender as batidas de Angileri e Ponzio e ajudou a garantir a classificação xeneize. Essa foi a primeira vez que o Boca derrotou o maior rival em um mata-mata na era Marcelo Gallardo, o que foi um primeiro passo para Rossi virar indiscutível como camisa 1 da equipe.
O Boca voltou a repetir o sucesso diante do River na Copa Argentina, disputada no segundo semestre daquele ano. Rossi defendeu a cobrança de Julián Álvarez, hoje o centroavante titular da Argentina na Copa do Mundo do Catar. O goleiro também pegou pênaltis nas quartas de final da Copa Argentina contra o Patronato e na decisão diante do Gimnasia de La Plata.
Esse bom aproveitamento tem sido a marca de Rossi no Boca. Ele tem um total de 16 cobranças defendidas, sendo o terceiro goleiro com maior número na história do clube – atrás de Abbondanzieri (24) e Navarro Montoya (20). Apenas em 90 minutos, Rossi tem um total de sete defesas em 15 cobranças, um aproveitamento de 47%. Levando em consideração também as decisões por pênaltis, as 16 defesas aconteceram em 55 cobranças (29,09% de aproveitamento).
Mas não apenas nos pênaltis Rossi se destacou no Boca Juniors. Apontado como principal figura do clube nas conquistas da Copa da Liga Argentina e do Campeonato Argentino, em 2022, ele recebeu da AFA o prêmio de melhor jogador do futebol argentino neste ano.
Apenas no Campeonato Argentino, Rossi disputou 24 partidas tendo terminado 10 sem sofrer gol. Ele teve uma média de 3,1 defesas por jogo.
Agustín Rossi
- 27 anos
- Clubes: Chacarita Juniors, Estudiantes, Defensa y Justicia, Antofagasta, Lanús e Boca Juniors