Novo presidente do Grêmio, Alberto Guerra terá de procurar um novo nome para assumir como diretor executivo em 2023. Em entrevista coletiva no CT do Galo, no início da tarde desta quarta-feira (16), Rodrigo Caetano admitiu ter recebido um contato para atuar na Arena a partir da próxima temporada, mas revelou que pretende continuar no Atlético-MG.
— No caso do Guerra, ele realmente me fez um convite. Não posso negar. Mas daí para ter uma proposta tem uma distância muito grande. Não abri qualquer negociação e nem poderia. Pretendo cumprir meu contrato aqui no Galo, como sempre fui cumpridor dos meus contratos por onde passei. E eu disse a ele que só estaria apto a qualquer tipo de conversa em relação a proposta de trabalho caso realmente minha permanência aqui não acontecesse. Até o presente momento, não foi isso que me foi passado pelos integrantes do órgão colegiado ou pelo presidente. Então, meu trabalho segue até uma outra definição diferente da atual. Foi isso que aconteceu e tenho certeza absoluta que terei o entendimento do agora presidente Guerra por conta do meu vínculo com o Galo — declarou o dirigente que tem contrato em vigor até 2026.
O nome de Caetano foi citado pelo próprio Guerra durante a campanha eleitoral como o preferido para assumir o cargo remunerado no departamento de futebol. Desde então, o assunto foi explorado tanto na imprensa gaúcha como em Minas Gerais.
— Sei que isso gerou um pouquinho de repercussão na última semana. Realmente, sempre tive uma relação muito próxima com aquele que era o candidato a presidente e acabou sendo eleito, que é o Alberto Guerra. Não é de agora e desde quando eu jogava no Grêmio. O que também é natural, uma identificação, uma proximidade que tenho com o Grêmio porque, não sei se todos sabem, mas fui atleta do clube durante 12 anos, desde escolinhas até o profissional. E meu primeiro trabalho como executivo em um clube grande, após minha saída do RS Futebol, que era um clube-empresa, foi no Grêmio durante quatro anos. Praticamente, me forjei como atleta e profissional no Grêmio. Então, é natural que sempre que tenha uma mudança de gestão, meu nome seja lembrado — declarou o executivo do Atlético-MG.
Uma das possibilidades aventadas para que Caetano tivesse o contrato rescindido em Belo Horizonte é a possibilidade de transformação do clube mineiro em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na próxima segunda-feira (21), inclusive, os conselheiros atleticanos irão debater o tema internamente. Porém, o executivo afirmou que recebeu a promessa do atual presidente Sérgio Coelho de que sua saída não está em pauta.
— É claro que algumas indefinições não são favoráveis neste momento. Não é no meu trabalho que estou pensando, mas ao que é comunicado ao mercado e também a nível de capacidade de investimento. A gente espera que esta definição ocorra o mais breve possível para saber o nível de investimento, se teremos investimento e qual o modelo de negócio que nós vamos aplicar no mercado. Talvez seja o maior entrave neste momento, porque o Galo não tem, por seus próprios recursos, condições de ir no mercado e fazer aquisições como outros clubes têm. Então, temos de atuar diferente dos últimos dois anos, buscando jogadores em fim de contrato. Mas, a princípio, nada muda. Não vou tomar nenhuma iniciativa de romper meu compromisso com o Galo, porque o que me foi passado é que segue o mesmo modelo de gestão que foi até hoje — concluiu o dirigente.