O Grêmio inaugurou a Arena em dezembro de 2012, há quase 10 anos, porém o destino do Estádio Olímpico, sua antiga casa, ainda não foi definido. Desocupado desde 2014, o local é motivo de preocupação para os moradores das redondezas, que alegam falta de segurança e limpeza. Conforme o prefeito Sebastião Melo, a prefeitura iniciou tratativas com o clube para encontrar uma solução definitiva.
— O assunto está judicializado, mas quem está pagando o pato é a cidade. E eu tenho conversado com o Grêmio, através do vice-prefeito, para encontrarmos a solução. Quem responde por aquele terreno, Grêmio ou a OAS? O nosso governo é de muito diálogo e temos que encontrar uma solução. Eles não podem criar um problema para a cidade. Se eles têm uma demanda que ainda vai demorar um tempo, precisam cuidar do espaço, limpar, estar bem cercado, cortar a grama e ter segurança — afirmou Melo.
O terreno é motivo de impasse entre Grêmio, OAS e Karagounis (empresa ligada à construtora). A transferência só irá ocorrer quando o projeto da Arena for totalmente concluído. Enquanto isso, o entorno do estádio é ocupado por pessoas em situação de vulnerabilidade social. Com a demora para um desfecho, o prefeito cobra uma definição.
— Não é o governo impor, mas não podemos receber pedidos de providências em um espaço que é privado. O privado tem que responder pelo privado, o público pelo público, e juntos construirmos uma cidade melhor — destacou.
Contraponto do Grêmio
Em nota, o Grêmio afirmou que é o responsável pela guarda patrimonial e limpeza da estrutura do Estádio Olímpico. O pronunciamento destaca, porém, que é de responsabilidade dos órgãos públicos o que ocorre no entorno.
"Estamos sempre atentos a qualquer situação de depredação e invasão do espaço. Porém, a área de cobertura do estádio é extensa e não há como evitar ações que fogem do nosso controle. Há, no entanto, moradores em extrema vulnerabilidade social no entorno do estádio e cabe aos órgãos públicos competentes dar assistência necessária, evitando, assim, situações de degradação no Olímpico ou em qualquer outro espaço público ou privado da cidade".