Além da conquista da Recopa Gaúcha, a goleada do Grêmio sobre o Glória, por 5 a 0, na terça-feira (24) marcou também o retorno de Walter Kannemann aos gramados. O zagueiro não atuava desde dezembro de 2021 por conta de um problema no quadril. Em entrevista nesta quarta-feira (25), o argentino falou sobre o momento de recomeço e também a respeito do seu futuro no clube.
— Estou muito tranquilo. Continuar jogando sem dor, sem sofrer, e pensar somente em como ajudar o time já é um ganho. Estou muito bem. Me sinto mais novo. Isso é o que está na minha cabeça. O clube precisa que eu esteja focado no meu rendimento. Somente isso ocupa a minha cabeça. Claro que quero ficar aqui, mas lá na frente temos de ver o caminho do clube, o meu e o da minha família — ressaltou o defensor, que tem contrato com o Grêmio até o fim deste ano.
No duelo em Vacaria, Kannemann permaneceu em campo por 67 minutos, quando foi substituído por Heitor. O Tricolor tem confronto contra o Vila Nova no domingo (29), pela Série B. O jogador de 31 anos deve, no mínimo, aparecer entre os reservas. Mesmo sem presença garantida desde o início, o camisa 4 projetou a sequência da competição nacional:
— Temos de olhar para o próximo jogo. Quem entrar em campo tem de dar o melhor de si. Serão 30 finais. Temos de somar o maior número de pontos possíveis. Não tem outra forma.
A chance de Kannemann figurar como titular aumenta caso o técnico Roger Machado opte pela manutenção do esquema com três zagueiros. Para Kannemann, independentemente da formação, o mais importante é a atitude dos jogadores.
— Isso tem de perguntar para o Roger. O jogador que entrar tem de fazer o máximo. Tem de fazer funcionar. Estamos todos juntos nisso. É a oportunidade de tirar o Grêmio desta situação. O jogador tem de demonstrar dentro de campo. Não tem segredo — afirmou.
Kannemann também relembrou as dificuldades enfrentadas durante o período em que ficou de fora e agradeceu a todos os profissionais envolvidos no tratamento. O mais importante, e que ele fez questão de valorizar, é que as dores no quadril ficaram no passado.
— O clube trabalhou em conjunto, sem nenhuma vaidade. Isso me ajudou a passar por esse momento difícil. Não tem muitos jogadores operados disso. Deu tudo certo. Agradeço a parte médica do clube e também aos profissionais de fora que me ajudaram muito. Foi um trabalho em grupo. Consegui jogar e estou bem. A dor foi esquecida. Agora é só jogar e ajudar o clube — concluiu.