Não foi apenas da torcida a frustração com a derrota do Grêmio para o União-FW. Em sua entrevista coletiva, o vice de futebol Denis Abrahão reconheceu a péssima atuação da equipe no Interior.
Após a mudança na comissão técnica, Roger Machado terá o seu primeiro treino com o grupo de jogadores nesta quinta-feira (17). A direção afirma que não terá condições de buscar reforços neste momento.
— A nossa realidade é essa. Nosso orçamento caiu e nossa despesa precisa cair para acompanhar. Temos de treinar muito mais, ser mais efetivos e ter qualidade. E se faz isso trabalhando. Com uma nova modelagem, esperamos que o Roger consiga fazer mais com menos. Vamos continuar trabalhando e os resultados virão. Hoje foi ruim? Muito ruim. Mas não foi por falta de esforço. Vai passar. Temos outro adversário no sábado — disse Denis.
No primeiro jogo após a saída de Mancini, Denis Abrahão minimizou a participação do ex-técnico na escolha dos reforços para a montagem do atual grupo do Grêmio. Mesmo com as dificuldades do início da temporada, o vice de futebol afirmou que o trabalho de contratações contou com seu aval em todas as chegadas.
— Esse time não foi montado pelo Mancini, mas pelo trabalho em conjunto do departamento de futebol com o técnico. Algumas contratações são convicções nossas. Não vamos imputar a quem não está mais aqui. Participei e opinei de todas. Era um jogo de transição para o novo treinador. Pegou uma barca complicada, com vários desfalques e alguns meninos da base. Hoje foi um time misto. Uma noite do não. Temos de assumir que o jogo foi horroroso. Estamos convictos de que temos condições de reverter essa situação.
Com a saída de Vagner Mancini, Denis Abrahão virou um dos mais citados em reclamações de torcedores nas redes sociais. O dirigente disse que entende as críticas, mas que segue seu trabalho na função sem preocupações com a possibilidade de acabar trocado por outra pessoa.
— A pergunta é pertinente, mas não tenho esse tipo de preocupação. Estou aqui desprovido de vaidade. Com muito de orgulho de estar vice. Minha posição é invejada, difícil de ocupar. O Grêmio tem grandes dirigentes e ninguém é insubstituível. Não tenho medo. Tenho muita vivência de Grêmio. Acho que tenho o reconhecimento da direção, mas temos de melhorar. Inclusive eu.