O Grêmio perdeu para o Bahia por 3 a 1 nesta sexta-feira (26) e pode ser matematicamente rebaixado para a Série B do Brasileirão na próxima rodada, quando enfrenta o São Paulo, na próxima quinta (2), às 20h, na Arena. Em entrevista coletiva, o presidente Romildo Bolzan lamentou a situação, reconheceu a dificuldade e se responsabilizou pelo drama vivido pelo clube dentro de campo, na contramão da boa administração financeira.
— Enquanto houver vida, há vida. Estamos em situação de extrema dificuldade. Somente uma situação de muitas coincidências seria suficiente para nos salvar. Mas primeiro temos de vencer as três partidas. Internamente todo mundo sabe o que tem de fazer e como se comportar. Temos de jogar pela dignidade do clube, pela alma e pela imortalidade. Fora disso não vejo nada mais a ser feito, pois temos um ambiente muito bom de trabalho, e os resultados precisam aparecer — asseverou o mandatário, após o jogo desta sexta.
O dirigente não escondeu que um eventual rebaixamento seria justo, na perspectiva objetiva da pontuação na tabela refletir o nível de desempenho da equipe dentro da campo:
— Se o Grêmio cair, é porque não pontuou o suficiente para ficar. Não fez por merecer, é assim que é a realidade, não taparemos o sol com a peneira. Mas ainda restam três partidas que podem acontecer a nosso favor.
Por fim, deixou claro que teme pela imagem de sua gestão à frente do Tricolor. Lembrou dos títulos da Copa do Brasil de 2016 e Libertadores de 2017, e colocou-os à sombra do eventual descenso para a segunda divisão nacional. Ainda assim, prometeu não se omitir quando o time precisar de seu trabalho para voltar à Série A.
— Lamentavelmente, o que ficará dos 7 anos de mandato se cairmos, será a queda. Fomos campeões e este nível de conquistas não foi só situação de futebol, mas também de boa governança. Tudo isso cai por terra se cairmos. Sei o peso, a responsabilidade e a consequência disso tudo. Mato no peito e farei o que for necessário para reerguer o time no ano que vem, se cairmos — ponderou.