Os quatro torcedores do Grêmio detidos nesta quarta-feira (1) pela Brigada Militar, após um protesto violento em frente ao CT do clube, passaram a noite na Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul. Os indivíduos foram presos em flagrante por sete delitos e foram liberados apenas na manhã desta quinta (2).
O clube ainda analisa as imagens da confusão para identificar mais envolvidos e encaminhá-los às autoridades. Além disso, caso seja constatada a participação de sócios gremistas nos episódios de violência, a ideia é excluí-los do quadro social. Os torcedores serão ainda processados pelos danos materiais ao patrimônio tricolor.
A confusão ocorreu na tarde desta quarta (1), na reapresentação do grupo de jogadores, quando cerca de 150 torcedores realizaram um protesto em virtude do mau momento da equipe. Quando o ônibus da delegação tentou ingressar no CT, alguns dos manifestantes arremessaram rojões e pedras contra o veículo e foram reprimidos pela Brigada Militar.
Após serem dispersados por bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, alguns torcedores começaram a arremessar pedras na direção do pátio do CT, danificando carros de funcionários, placas de energia solar e uma caixa d'água. Após um novo confronto, a polícia deteve quatro torcedores.
Os indivíduos foram levados à 3º Delegacia de Pronto Atendimento, na zona norte da Capital, onde foram presos em flagrante por sete delitos: dano, lesão corporal, desacato, resistência, desobediência, arremesso de explosivos e associação criminosa.
Como esses crimes somados têm uma pena mínima muito alta, conforme previsto na legislação, a Polícia Civil não permitiu que os torcedores pagassem fiança ou assinassem um termo circunstanciado, e os quatro gremistas acabaram sendo encaminhados ao presídio em Sapucaia do Sul, onde passaram à noite. Os torcedores foram soltos apenas na manhã desta quinta (2), quando o juiz responsável pelo caso homologou o flagrante e autorizou que eles respondessem o processo em liberdade.
Enquanto a direção gremista tenta identificar mais pessoas envolvidas, o técnico Luiz Felipe Scolari e o departamento de futebol buscam blindar o vestiário para que o ambiente turbulento não atrapalhe o foco dos atletas na luta para escapar do rebaixamento.