O Grêmio não conseguirá uma de suas metas em 2021: diminuir os gastos no departamento de futebol. Apesar de ter se movimentado no mercado para chegadas e saídas, o clube deverá manter até o final da temporada o custo da folha salarial em R$ 14 milhões. O motivo é a briga contra o rebaixamento.
Apesar do investimento acima do projetado, o Tricolor registra superávit na gestão operacional. No segundo semestre, segundo balanço financeiro, o lucro entre abril e junho foi de aproximadamente R$ 5,7 milhões.
Segundo fontes ligadas ao Grêmio, a quantia gasta com o futebol não influenciará os resultados financeiros para os dois últimos balanços trimestrais de 2021. Há certeza de que, pelo sexto ano consecutivo, as contas serão apresentadas no positivo.
A direção gostaria que o valor gasto no departamento de futebol girasse neste ano entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões por mês. Porém, pela tentativa de se evitar a queda à Série B, o clube fez movimentos mais agressivos no mercado, com as contratações dos estrangeiros Miguel Borja, Campaz e Villasanti.
Os vencimentos do trio adquirido se equivalem ao que era gasto antes com atletas que foram negociados — Matheus Henrique, Pinares, Léo Chú, Ricardinho e Gui Azevedo. As rescisões com Maicon e Paulo Victor não entram na contabilidade atual e vão para outra análise, de acordo com o modelo de cálculos gremista. O meio-campista receberá todo o pagamento acordado até o final de dezembro, enquanto o ex-goleiro parcelou os valores até 2023.
Para iniciar a próxima temporada, o Grêmio se organiza para reduzir a quantia gasta no departamento de futebol. Em virtude da situação do clube na tabela de classificação do Brasileirão, além da virtual eliminação na Copa do Brasil após sofrer 4 a 0 do Flamengo, não há certeza de vaga nos torneios continentais. Logo, o investimento deverá sofrer uma redução considerável para 2022.