O Grêmio busca no futebol colombiano a solução para os problemas de armação da equipe de Luiz Felipe Scolari. O alvo da vez é Jaminton Campaz, do Tolima, de 21 anos. Com 1m68cm, Campaz é canhoto e destaca-se pela habilidade nos dribles, passes em profundidade e arremates de média distância.
Na Colômbia, o jogador é visto como uma promessa local. Analisando os mapas de calor de suas atuações pelo Tolima, no entanto, nota-se que a zona preferencial de Campaz não é a faixa central do campo, embora também movimente-se por ali.
Costuma jogar como um meia que cai bastante pelos lados, especialmente o direito de ataque, com possibilidade de girar para dentro. Posicionamento semelhante ao do chileno César Pinares, contratado em 2020 junto à Universidad Católica e recentemente negociado com o Altay, da Turquia.
— É um jogador rápido, que desequilibra no mano a mano. Pode jogar como extrema e como segundo atacante. Mas também vai bem quando centralizado, atrás dos atacantes — conta o jornalista Alfonso Morales, da Rádio Red, de Cali.
Um dos pontos a ser levado em consideração na hora de investir em jovens talentos de outros mercados é a situação atual do Grêmio. Com duas vitórias, o time segue na zona de rebaixamento do Brasileiro e a pressão por resultados é parte da rotina de treinamentos no CT Luiz Carvalho. Morales acredita que isso não será problema para o jogador.
— Ele é jovem, mas tem personalidade. Acredito que está pronto para jogar no Exterior — aposta.
Alejandro Rodríguez, do site El Rincón del Vinotinto, que acompanha o dia a dia do Tolima, destaca os chutes de fora da área como a principal arma do meia. Ele lembra que o jogador teve passagens importantes pelas seleções sub-17 e sub-20 da Colômbia e, neste ano, fez parte do grupo que disputou a Copa América no Brasil. Neste momento, inclusive, ele está em Bogotá para um período de treinamentos com o selecionado.
— Pode-se dizer que, neste momento, Campaz é o jogador mais valioso do futebol colombiano. No sistema de jogo da equipe, foi o que mais se destacou nos últimos meses. No primeiro semestre, esteve na final da Liga, vencida contra o Millonarios. Tem um nível muito regular — opina ele.
Nascido em Tumaco, Campaz mudou-se aos 11 anos para Ibagué, cidade onde o Tolima manda seus jogos. Mesmo com a curta rodagem como profissional, são 10 anos no clube que tornou-se conhecido no país por dificultar a vida de brasileiros na Libertadores.
Se fechar negócio com o Grêmio, terá a chance de fazer carreira em um dos gigantes sul-americanos que enfrentaram o seu time nos últimos anos. A missão, porém, será a de manter a equipe na Série A.