A largada do Grêmio no Brasileirão, a pior do clube na era dos pontos corridos, ligou o alerta sobre o trabalho do técnico Tiago Nunes. Após a derrota para o Juventude, por 2 a 0, na noite de quarta-feira (30), o comandante falou a respeito das cobranças sofridas por conta dos maus resultados e a pressão de ter que dar uma resposta o quanto antes.
— Questão de ser demitido não entra em pauta neste momento. Nunca fiz meu trabalho pensando em segurar emprego, por isso que cheguei ao Grêmio e em outros grandes clubes do cenário nacional saído do interior do Rio Grande do Sul com conquistas nacionais e internacionais. Nunca trabalhei pensando em segurar emprego. Sempre trabalhei pensando em dar o meu melhor e ajudar àqueles que estão a minha volta — destacou.
Tiago Nunes negou que os insucessos recentes sejam frutos de uma má relação com o grupo de jogadores. O treinador destacou o convívio com os atletas e puxou a responsabilidade na recuperação dentro de campo para si.
— O futebol abre precedente para várias avaliações. Internamente, a relação com os atletas é muito boa, muito leal e muito verdadeira. Não temos arestas para aparar. Apontamos para as dificuldades e os acertos. Temos uma gestão muito equilibrada. Não vejo nenhum outro fator a não ser as questões dentro de campo, que são responsabilidade minha, que sou o comandante, para que a gente possar dar a resposta o mais rápido possível — pontuou.
O profissional também foi questionado em relação às críticas vindas dos torcedores. Tiago Nunes disse respeitar as manifestações, vistas por ele como normais dada a sequência negativa do Grêmio na temporada.
— Encaro com naturalidade. Entendo o torcedor que pede a saída do treinador quando os resultados não aparecer. Faz parte do futebol, da nossa rotina. Não tenho nada a declarar, só respeitar. Meu papel é trabalhar e melhorar a equipe para que possamos vencer no domingo — finalizou.