Penso que talvez seja muito cedo ainda para formarmos opinião definitiva sobre o trabalho do técnico Tiago Nunes. Não se trata de um profissional superexperiente, mas já possui rodagem suficiente para ser treinador de clube grande, como foi no Corinthians e, com um pouco de tolerância, também do Athletico-PR, além de outros clubes de menor expressão. Mas quero me referir à entrevista pós-jogo do Grêmio contra o Sport.
Tiago Nunes disse exatamente o que eu e muitos outros gremistas pensam. Ou seja, no futebol deve haver uma mescla entre jogadores jovens e os mais experientes. Na minha ótica, a tese está perfeita. Ocorre que, na prática, isto não está acontecendo. Não tenho nenhum preconceito contra a idade dos atletas, mas dentro desta tese antes referida, uma equipe precisa ter essa mescla. Nesta última partida, o Grêmio entrou em campo com sete jogadores com mais de 30 anos, alguns com bem mais..
Há certos paradoxos que necessitam ser revistos. Repito, acho Paulo Victor um goleiro razoável e que foi prejudicado no desvio da bola, no gol de falta. Mas porque os dois meninos vindos da base não recebem chance de jogar ? Refiro-me a Gabriel Chapecó e Adriel.
Jamais terão experiência se não atuarem. Vejam o exemplo de Brenno, que ficou dois anos como terceiro ou quarto goleiro, teve sua oportunidade e foi parar na seleção brasileira olímpica. Deste modo, gostaria que nosso técnico fizesse na prática aquilo que prega como tese nas entrevistas, isto é, uma mescla com rejuvenescimento da equipe. Salvo, é claro, se os jovens não tiverem condições.