O Grêmio está de volta a uma final de Copa do Brasil. Quatro anos depois de conquistar o pentacampeonato e acabar com a seca de 15 temporadas sem grandes títulos, o Tricolor buscará o hexa diante do Palmeiras com um time renovado. Desde 2016, o técnico Renato Portaluppi lidou com perdas de jogadores e também com a necessidade adaptar a maneira de jogar para manter a equipe no caminho das vitórias.
Um bom exemplo disso está na escalação que obteve a classificação diante do São Paulo na noite de quarta-feira (30) no Morumbi. Dos 11 jogadores que iniciaram a partida, apenas Kannemann esteve em campo no título de 2016. Além dele, seguem no elenco o zagueiro Geromel e o volante Maicon, que ficaram de fora da semifinal deste ano por lesão.
A maneira do time jogar também passou por adaptações. Se em 2016 o Grêmio tinha Luan como falso 9, que flutuava e virada armador, agora a equipe tem um centroavante físico como Diego Souza no comando do ataque. O toque de bola que consagrou Renato naquela campanha de quatro anos atrás ainda é mantido em alguns momentos, mas o treinador não se prende a um estilo único e abre mão de jogar dessa forma quando sente que é necessário.
No Morumbi, pela vantagem obtida na Arena, o Grêmio apostou na marcação baixa sem ficar com a bola. O Tricolor teve apenas 31% da posse no Morumbi e trocou 191 passes, contra 541 do São Paulo.
— Usamos o regulamento na hora certa, tanto que as melhores oportunidades foram do Grêmio. Uma com o Victor (Ferraz) e outra com o Diego (Souza). Soubemos sofrer, mas procuramos jogar também. Enfrentamos uma grande equipe e o grupo suportou bem a pressão — disse Renato após a partida.
Grêmio e Palmeiras se enfrentarão na final da Copa do Brasil nos dias 3 e 10 de fevereiro. O sorteio dos mandos de campo será no próximo dia 15 de janeiro.
Veja as diferenças nos times do Grêmio:
Final de 2016 contra o Atlético-MG
Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace e Maicon; Ramiro, Douglas e Everton; Luan.
Semifinal de 2020 contra o São Paulo
Vanderlei; Victor Ferraz, Rodrigues, Kannemann e Diogo Barbosa; Matheus Henrique e Lucas Silva; Alisson, Jean Pyerre e Pepê; Diego Souza.