
O Grêmio conseguiu superar o São Paulo na semifinal da Copa do Brasil após vencer a ida por 1 a 0, na Arena, e segurar o 0 a 0 no Morumbi, na quarta-feira (30). Depois de ser eliminado pelo Santos na Libertadores, o técnico Renato Portaluppi mudou a forma de jogar contra o tricolor paulista, dando a bola para a equipe adversária e saindo para jogar nos contra-ataques.
Agora, irá enfrentar o Palmeiras na final da Copa do Brasil, a nona vez em que decide a competição. Os jogos serão nos dias 3 e 10 de fevereiro. O sorteio dos mandos de campo será no dia 14 de janeiro, às 11h30min, na sede da CBF.
Cinco motivos para o Grêmio ter superado o São Paulo
Solidez defensiva
Depois de sofrer duas eliminações com goleadas em anos consecutivos na Libertadores (5 a 0 contra o Flamengo e 4 a 1 contra o Santos), o duelo contra o São Paulo mostrou um Grêmio extremamente sólido na defesa. Mesmo com a perda de Geromel por lesão na primeira partida, a equipe de Renato Portaluppi conseguiu passar os dois jogos sem sofrer gols, tendo em Kannemann e no menino Rodrigues os principais alicerces.
Quem também teve extrema importância nessa solidez foi o volante Lucas Silva. Se, na Arena, ele entrou para segurar o resultado, no Morumbi Lucas ganhou a vaga de Darlan no time titular e garantiu proteção à frente da defesa, mostrando os motivos que levaram o Grêmio a contratá-lo em janeiro de 2020.
Obediência tática
Com o resultado obtido na Arena na primeira partida (1 a 0, gol de Diego Souza), o Grêmio foi para o Morumbi ciente da vantagem e do que precisava para se classificar. Contrariando o estilo gremista de posse de bola e passe constantes, Renato optou por dar a bola para o São Paulo, esperar o adversário no campo de defesa e sair nos contra-ataques, com Pepê e Alisson, recuperado de lesão.
Assim, com os espaços fechados para não deixar o adversário fazer triangulações e jogadas laterais, o São Paulo foi obrigado a cruzar bolas na área gremista. Isso facilitou os cortes de Kannemann e Rodrigues, o que fez com que o Grêmio não corresse riscos no jogo.
Experiência
Vanderlei, Victor Ferraz, Kannemann, Lucas Silva, Alisson e Diego Souza são jogadores com bagagem e familiaridade na disputa de jogos decisivos, como a semifinal da Copa do Brasil. Do outro lado, encontrou um time extremamente jovem — apesar de Daniel Alves — e desacostumado a jogar este tipo de jogos: Brenner, Luan, Igor Gomes e Léo estão na faixa de 20 anos.
Com o tempo passando e a desvantagem no placar, o time paulista pareceu ter sentido o nervosismo da partida e começou a ficar afobado, forçando algumas jogadas e cruzando inúmeras bolas na área gremista.
Ausências no adversário
Esse não é propriamente um motivo para o Grêmio ter superado o São Paulo, mas com certeza ajudou o Tricolor gaúcho a ter menos dificuldades no confronto. O lateral-esquerdo Reinaldo, capitão e um dos destaques da equipe paulista, cumpriu suspensão pelo terceiro amarelo no jogo no Morumbi. Outro desfalque paulista foi o atacante Luciano, que havia jogado na primeira partida, mas sentiu uma lesão que o tirou do jogo decisivo.
Vantagem obtida no primeiro jogo
Todos os motivos acima foram propiciados pelo resultado positivo conquistado na Arena na primeira partida, quando o Grêmio venceu por 1 a 0, com gol de Diego Souza. A vantagem fez com que o Tricolor tivesse mais facilidade para implementar sua proposta mais defensiva, optando por sair nos contra-ataques.