O Grêmio vendeu Everton para o Benfica por 20 milhões de euros. O dinheiro deve ser pago pelos portugueses até o dia 15 de setembro e a direção tricolor já montou o planejamento de utilização destes valores. Afinal, em um ano atípico financeiramente e futebolisticamente, a venda tornou-se fundamental para o caixa de Romildo Bolzan Júnior.
Primeiro, é importante salientar os percentuais da negociação. Dos 20 milhões de euros, 50% pertenciam ao Grêmio, 30% a Gilmar Veloz, 10% a Celso Rigo e outros 10% ao Fortaleza. Na negociação com os envolvidos, todos cederam parte dos seus direitos aos gremistas. Gilmar cedeu 5%, Celso Rigo 2% e os cearenses 2%. Ou seja, o clube ficou com 59% da venda. Totalizando na conversão atual cerca de R$ 70 milhões.
Estes R$ 70 milhões já têm destino. O fluxo financeiro, seja para contratações ou dia a dia do clube, receberá R$ 25 milhões. Outros R$ 22 milhões serão utilizados para a amortizar o endividamento bancário contraído no primeiro trimestre por conta da pandemia do coronavírus. Por último, os R$ 23 milhões restantes serão usados para quitar os contratos de imagem e salários que foram parcelados e acertados a serem pagos nos anos de 2021 e 2022.
Outro importante adendo à negociação com o time de Jorge Jesus é uma cláusula de venda futura. Se o Benfica revender Everton, o Grêmio tem direito a 20% do lucro da venda. Ou seja, os gremistas só têm direito a valores se o Cebolinha for vendido por um valor superior aos 20 milhões de euros recebidos hoje.
Esta fatia também será dividida com dois dos investidores citados anteriormente: Celso Rigo e o Fortaleza têm direito a 2% cada. Restando 26% de uma nova negociação para os cofres azuis. Como Everton tem 24 anos e o mercado português é conhecido por negociações internas na Europa, a expectativa é alta para que isto aconteça em um futuro próximo.