Com o saída de Pepê contra o Caxias, pela primeira partida da final do Gauchão de 2020, que deve ficar à disposição para domingo (30) e não preocupa o Grêmio, o time tricolor teve três lesões musculares no elenco desde que o futebol voltou, em 23 de julho. Guilherme Guedes, Victor Ferraz e Paulo Miranda sofreram com o problema, ainda que em lugares diferentes. O camisa 25 teve apenas um desconforto muscular e saiu por precaução do jogo de quarta. Thiago Neves e Diego Souza se machucaram também, mas suas lesões não são consideradas musculares pelo clube.
Dos três jogadores machucados, dois já retornaram aos gramados, casos de Paulo Miranda e Victor Ferraz. As lesões são consideradas normais por preparadores físicos, ainda mais depois de uma parada tão longa como aconteceu nesta temporada de 2020.
— Algumas pessoas associam essas situações ao condicionamento físico, mas nem sempre é assim. Neste ano, com o que vivemos de calendário, complica neste sentido. Os atletas acabam só jogando e não conseguem fazer os treinos de aquisição (força e estabilização) e isso é um dos fatores que acabam ocasionando as lesões. Foi feito um planejamento das equipes de voltar, mas quando retornou, o Grêmio, por exemplo, não parou mais de jogar — explica Márcio Vitória, preparador físico com passagem pelo futebol brasileiro.
O futebol intenso faz com que os atletas sintam cada vez mais o atrito muscular, o que pode acabar ocasionando mais lesões nos jogadores. O preparador físico Márcio Correa, com passagem pela América Latina, Europa e Ásia, diz que o número de lesões no Grêmio é considera aceitável.
— No futebol de agora com tanto atrito muscular, as lesões podem acontecer com todo mundo. É um número médio, nada que surpreenda, cada vez mais os jogadores percorrem pequenas distâncias com mais intensidade. Além do físico, tem muito da mente nesse sentido das lesões.
Dos três lesionados, dois são jogadores acima dos 30 anos, mas os preparadores acreditam que a idade não seja fator preponderante para que eles sejam mais suscetíveis para esse tipo de contusão.
— Acho que a idade não influencia muito. Tem esse mito, mas o risco é igual para todos. Muitas vezes, os mais velhos apresentam números melhores que os atletas mais jovens. Vez e outra, o jogador experiente faz algum reforço muscular ou algo do gênero — explica Vitória.