Em uma série de grandes promessas, o meio-campista Saraiva consegue ter passado com esse status no Inter e também no Grêmio. Revelado pelo Colorado em 2001 e com passagens pelas seleções brasileiras sub-15, sub-16 e sub-17, o jogador, em 2004, então com 21 anos, trocou o Beira-Rio pelo Estádio Olímpico em uma situação similar a de Ronaldinho, que deixou o Tricolor em virtude da Lei Pelé.
O clube da Azenha aproveitou que Saraiva não havia renovado com o Inter e contratou o jogador sem custos. O anúncio foi cercado de polêmicas, um dia depois de dirigentes dos dois clubes discutirem em uma emissora de rádio, o Grêmio apresentou o jogador em uma coletiva recheada de expectativa no meia. Era um "craque" da base do arquirrival sendo contratado para o time principal. O atleta foi uma indicação de Adilson Batista, treinador gremista à época.
— Para mim, foi ótimo. O Grêmio está me valorizando muito. Chego aqui ao Olímpico em plenas condições físicas para estar à disposição do técnico Adílson — disse Saraiva na ocasião.
No Tricolor, também não teve muita sorte, foi rebaixado com o clube em 2004 e saiu em meio a Série B do Brasileirão de 2005 para o Flamengo, onde da mesma forma não foi aproveitado. A partir daí virou praticamente um andarilho do futebol.
Passou pela Arábia Saudita, pelo CRB-AL, por dois clubes da Dinamarca, pelo Porto Alegre, ex-clube de Assis, pelo Barueri, pelo Aimoré, pelo Tarxien Rainbows, de Malta, pelo Riopardense e finalizou sua carreira defendendo o São Paulo, de Rio Grande, em 2013. Foram 12 clubes, mas poucas partidas.