Ao contrário do Peñarol, adversário na primeira final da Libertadores e com ampla experiência como campeão sul-americano e mundial, o Atlético Nacional parecia se equiparar em tradição com o Grêmio na final de 1995. Vencedor da própria competição em 1989, quando derrotou o Olimpia, o time colombiano havia dado provas durante o campeonato daquele ano de que não seria um páreo fácil para o Tricolor.
Depois de superar a fase de grupos com certa tranquilidade, o Atlético eliminou times com bagagem sul-americana no caminho até a final contra os gremistas. Primeiro, tirou o Peñarol com duas vitórias por 3 a 1. Depois, superou o Millionários, da Colômbia.
No entanto, o confronto que mais ficou marcado foi contra o River Plate na semifinal. Duas vitórias por 1 a 0, uma para cada lado, e decisão nos pênaltis. Melhor para os colombianos que tinham René Higuita embaixo das traves. O goleiro colombiano pegou a penalidade de Almeida e levou o time para enfrentar o Grêmio na decisão.
— O grande jogo do Atlético foi contra o River, quando deixou os argentinos pelo caminho. O time era espetacular e vinha com bons resultados dentro do campeonato colombiano também. Na minha visão, o que faltou contra o Grêmio foi hierarquia — conta Eduardo Sánchez, da Raza 1.200am, de Medellín, na Colômbia.
Não era só o goleiro Higuita que era considerado um bom jogador. Conforme publicado pela Zero Hora no dia da primeira partida entre as equipes, outros atletas poderiam trazer problemas para o Grêmio. Como, por exemplo, o lateral-direito Santa, que pelas palavras do jornal, foi definido com as seguintes palavras "É craque. Firme na defesa e hábil no ataque". Elogios não faltaram também ao capitão da equipe Alexis Garcia, "combina raça com humildade. É chamado de 'homem orquestra' pelos colombianos".
Depois de ficar sem Aristizábal no primeiro jogo, o então garoto voltaria para o confronto em Medellín, o que poderia ocasionar problemas para a defesa gremista.