O diretor jurídico do Grêmio, o advogado Nestor Hein, acredita que foi justa a punição dada pela Conmebol aos jogadores envolvidos na confusão ao final do Gre-Nal 424, pela Libertadores, em março. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (22), e prevê quatro jogos para Paulo Miranda, três para Luciano e um para Pepê e Caio Henrique. Em entrevista ao Showe dos Esportes, da Rádio Gaúcha, Hein adiantou que não pedirá recurso.
— Condenação é sempre algo desagradável, mas achei de um tamanho razoável para os fatos que aconteceram. Não foi exagerada, não foi decisão absurda — afirmou, reconhecendo que o resultado poderia ter sido pior, principalmente para o zagueiro Paulo Miranda.
— Eu vou opinar para que o Grêmio não recorra. Vou cumprimentar meus pares, acho que fizeram um belíssimo trabalho. Dentro das possibilidades que imaginávamos, conseguirmos este resultado, fizeram um trabalho de excelente qualidade — elogiou.
Hein disse que estava "apreensivo" com o julgamento. Para ele, sistema de Justiça da Conmembol é "uma das coisas mais absurdas e menos transparentes da face da Terra", por não considerar parâmetros utilizados para punir casos anteriores. A multa financeira, outro ponto característico das sanções, também não incomodou tanto quanto poderia, segundo o advogado.
— É um valor que podemos suportar. Estamos em tempos difíceis, de contenção de gastos. Ninguém vai receber bem a necessidade de pagar, mas estamos cuidando dos detalhes — explica, ressaltando a complexidade financeira apresentada pelo cenário de paralisação pela pandemia de coronavírus.