O Grêmio assumiu papel de protagonismo na renegociação das cotas de TV dos clubes da Série A do Brasileirão. Uma comissão formada pelo presidente Romildo Bolzan Junior, junto ao mandatário do Palmeiras, Mauricio Galiotte, e o do Flamengo, Rodolfo Landim, além de um representante da CBF, está encarregada de conduzir as tratativas com o Grupo Globo neste processo de readequação.
Na última semana, os clubes foram informados pela Globo de que receberão o valor total pela transmissão do Brasileirão por TV fechada e aberta, que é de cerca de R$ 22 milhões por clube anualmente.
Porém, com a pandemia de coronavírus, os pagamentos entre abril e junho sofrerão cortes pelo fato de o campeonato não estar sendo disputado. O saldo será compensado com acréscimo destes valores em parcelas dos meses do segundo semestre.
— Na verdade, o Grêmio repactuou várias coisas. Deixamos de receber a última parcela do Gauchão porque não prestamos o serviço (resta encerrar o segundo turno). A situação é essa, não poder jogar e não receber. Estar na perspectiva de jogar e, por conta deste contexto, onde todos estão se precavendo propondo readequações, é sensível e normal a proposta. Acho legitimo isso no contexto em que vivemos, que todo mundo readequou suas posições negociais, faz parte do jogo — disse Romildo, salientando que as cotas de TV são as quantias mais significativas no orçamento do clube.
A proposta entregue aos clubes é a seguinte: entre abril e junho, eles irão receber mensalmente R$ 396.768,75. A partir de julho, o valor passa para R$ 1.124.178,13, o que totalizará ao final de nove meses (abril a dezembro) R$ 7.935.375,00. O pagamento sempre será feito no último dia do mês. Até março, a emissora pagou integralmente os cerca de R$ 2 milhões ao mês previstos em contrato.
— O Grêmio respeita todas as posições. Fez o seu cenário e vai tentar passar por ele, assim como estamos tentando desonerar no curto prazo é legítimo que todos busquem isso — concluiu o presidente tricolor.