É unanimidade: o Grêmio estava irreconhecível na final do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, na tarde deste sábado (22), no Estádio Centenário. Na vitória do Caxias por 1 a 0, o time de Renato Portaluppi foi envolvido e anulado pelo time da Serra. O próprio técnico ressaltou a dificuldade gremista em criar na partida.
De acordo com Renato, o Grêmio não teve um meio-campo que funcionou e agrediu o rival no Centenário.
— Sou a favor da posse quando se cria e faz os gols. Tivemos a bola, mas não agredimos o adversário. Tivemos a bola, mas fomos muito pouco objetivos. Criamos muito pouco contra um time que tava se defendendo apenas — criticou Renato, após a partida, em entrevista coletiva no Centenário.
O treinador ainda falou sobre a mudança de planejamento para o segundo turno do Estadual. Com o Caxias garantido na grande final do Gauchão, resta apenas uma vaga para a decisão.
— Falei para eles que era importante a vitória de hoje porque o segundo turno é complicado. Tem a Libertadores no meio. Tem de buscar o segundo turno, podíamos ter encurtado muito esse caminho. Perdemos uma batalha mas não perdemos a guerra — declarou.
Confira trechos da coletiva de Renato:
Sobre Pepê não ter entrado
— Eu tinha três substituições, coloquei o Luciano porque estava com dois volantes e estava perdendo o jogo. Coloquei Thiago Neves e Luciano de cada lado, que chutam bem e cabeceiam bem. Eu tinha que ir para o tudo ou nada. Não optei pelo Pepê porque já tinha Alisson e Everton. Procurei aproveitar as características dos jogadores que entraram.
Sobre a saída do Lucas Silva, que é mais marcador
— Concordo em alguns aspectos. Isso não quer dizer nada. Estávamos jogando com três volantes. O Grêmio é time grande, com todo o respeito ao Caxias, no momento que eu tirei o Lucas Silva foi por dois motivos: porque estava com o cartão e porque o Thiago Neves está mais acostumado a decisões. Eu fui para buscar a vitória, alguém tinha que sair. Quando eu faço as substituições é buscando melhor para o time. O treinador não vai acertar em todas e nem errar em todas.
Sobre planejamento do segundo turno
— Falei para eles que era importante a vitória de hoje porque o segundo turno é complicado. Tem a Libertadores no meio e agora só tem mais uma vaga, ficou complicado. Tem de buscar o segundo turno, podíamos ter encurtado muito esse caminho. Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra. Agora é correr atrás do prejuízo.
Sobre o Caio Henrique
— O Cortez marca melhor. O Caio Henrique cria mais, é mais ofensivo. Mas ele não conseguiu fazer isso hoje.
Sobre a criação no meio
— Sou a favor da posse quando se cria e faz os gols. Nossas trocas foram justamente por isso. Tivemos a bola, mas não agredimos o adversário. Tivemos a bola, mas fomos muito pouco objetivos. Criamos muito pouco contra um time que tava se defendendo apenas.
Sobre Geromel ter viajado
— Eu já sabia que ele não ia poder jogar, mas é importante a presença dele aqui com o grupo. É um dos líderes numa hora dessas.
Sobre uma possível lesão de Everton
— O Everton eu não sei, não falei com o médico. Mas ele acabou o jogo.
Sobre pênalti em Everton
— Considero o Vuaden um dos melhores árbitros do país. Vi o lance no vestiário, foi pênalti. O jogador do Caxias em momento nenhum procura a bola. A única pergunta que faço ao Vuaden é: é o árbitro do VAR que decide se é falta ou não? Porque ele não foi ver o lance? Não vai desmerecer ele. É um dos melhores do país, mas não entendo porque não foi olhar o lance no VAR. Tem que acabar com essa mania do VAR decidir se foi pênalti ou não. Foi pênalti! Se ele vai ver o lance ia dar o pênalti. Não entendo. Temos o VAR, mas o árbitro não quer observar. Aconteceu isso muito no Brasileirão (do ano passado). Seja contra ou favor ao Grêmio, árbitro tem que ver o lance. Pode ser que seja a mesma opinião, mas ele tem que ver. Hoje o Grêmio foi prejudicado, não estou dando como desculpa, mas amanhã isso vai acontecer de novo.