Um perfil adotado na busca por novos jogadores por parte da direção do Grêmio será modificado. A aposta nos últimos anos era contratar jogadores que não estavam em alta no mercado. Alguns casos deram o retorno e contribuíram para títulos como Léo Moura, Cortez e Jael. Porém, muitos acabaram fracassando como André, Diego Tardelli e Arroyo. Pensando em casos negativos, o conceito inicial projetado pelos dirigentes é trazer atletas que estejam em boa fase física e técnica.
A questão foi debatida internamente em reuniões do clube. Primeiramente, no conselho de administração, quando o presidente Romildo Bolzan Jr debate os assuntos gerais com os vices. Depois, no conselho deliberativo durante a posse para o terceiro mandato. Acredita-se que o Grêmio vive um novo momento financeiro, ainda não capaz de realizar grandes investimentos, para que não é preciso arriscar tanto, mas suficiente para arcar com salários mais pomposos.
No entendimento da direção, os casos de André e Diego Tardelli exemplificam o que não pode ser feito. André teve o seu ápice na carreira há quase uma década pelo Santos. O custo para a aquisição junto ao Sport foi de R$ 10 milhões, pois se acreditava na retomada do bom desempenho no Tricolor. Caso semelhante ao de Tardelli, que estava livre no mercado, veio por luvas e salário elevado, mas nunca conseguiu relembrar o futebol de alguns anos pelo Atlético-MG.
Outra condição apontada nos encontros é de que a mística de Renato Portaluppi recuperar todos os jogadores não é uma regra a ser seguida. Para isso, as prioridades para aumentar a qualidade no plantel foram nomes mais conhecidos, como o já anunciado Victor Ferraz, ou possibilidades concretas como Caio Henrique, Carlos Sánchez e Lucas Silva.
Outro fator que fundamenta essa nova filosofia no mercado é não barrar jovens promessas. Com investimentos mais centrados, não lotando tanto o elenco, será possível cada vez mais utilizar os jogadores produzidos na equipe e aumentar a possibilidade de lucrar em novas vendas.