O Bahia surge como "intruso" para a disputa das quartas de final da Copa do Brasil. Afinal, é o único dos oito times que nunca conquistou o título da segunda principal competição nacional. Por isso mesmo, Guilherme Bellintani, presidente do Tricolor de Salvador, trata o torneio como prioridade para o segundo semestre. E espera mostrar isso contra o Grêmio.
Como foi esse período de preparação do Bahia?
Foi um bom período. O Bahia é o time que mais jogou no primeiro semestre. Somos o recordista brasileiro em número de jogos, com um elenco reduzido. Não temos dois times. Não temos esse poder financeiro. Então, sofremos muito com a quantidade de jogos. Nos primeiros 10 dias, demos férias mesmo. Depois fizemos uma intertemporada, com treinamentos físicos, mas sem a intensidade dos jogos. Por isso nem fizemos amistosos.
O time teve a baixa do Douglas Augusto, a lesão do Ernando, mas contratou o Juninho, o Guerra e o Lucca. Como o senhor avalia esse período em termos de reforços e baixas?
Não temos um elenco tão grande para que dois titulares nossos sejam desfalques e a gente não sinta isso. Vamos sentir, mas dentro do próprio elenco estamos buscando as alternativas.
O clube busca mais algum reforço e corre o risco de ter mais alguma baixa?
Sobre contratações, ainda vamos trazer jogadores, independentemente da Copa do Brasil. Não posso dizer as posições, mas estamos atrás. Quanto a saídas, acredito que não. Mas o nosso mercado tem um dinamismo muito grande.
O Bahia nunca chegou à semifinal de Copa do Brasil. É um motivo para tratar a competição como prioridade neste ano?
É a nossa prioridade. Somos o único time que começou lá atrás (na primeira fase) e chegamos às quartas de final. Tivemos uma maratona grande até chegar aqui e vamos com força. É difícil, tem times com maior poder econômico. Mas serão 11 contra 11, e vamos buscar o título.
Como o senhor avalia o trabalho do Roger Machado até aqui?
A vinda do Roger para cá foi boa para os dois. Para o Bahia por ter conseguido contratar um treinador que, apesar de jovem, tem trabalhos bem feitos em clubes grandes como o Grêmio, o Atlético-MG e o Palmeiras. Ele se ambientou bem aqui. E acredito que para a própria carreira dele tenha sido bom. Ele tem uma ótima relação com a torcida, com os funcionários aqui.
O que vocês esperam do Grêmio para os confrontos?
É dos melhores times da América do Sul. Tem a tradição de ser "copeiro", muito bom nos mata-matas. É uma equipe muito bem treinada, de altíssimo nível. Mas vamos defender nosso interesse. Vamos fazer de tudo para avançar à próxima fase.
Como é tratada a possibilidade de ausência do Everton neste primeiro duelo?
O Everton é um jogador extremamente diferenciado. Mostrou o talento que tem. Já apresentava isso no Grêmio, mas mostrou que a Seleção precisa olhar para os atletas que atuam no futebol brasileiro. Ele está de parabéns. Mas não temos essa preocupação específica com ele. O time todo do Grêmio é qualificado. A nossa postura é de respeito à equipe como um todo.
Decidir na Fonte Nova representa uma vantagem para o Bahia?
É uma vantagem teórica. Depende de levarmos um resultado bom de Porto Alegre. No mata-mata, vale a soma dos dois resultados. Não podemos achar que vamos reverter qualquer placar porque jogamos a segunda em casa. Claro que é algo positivo, mas não garante nada.