O Grêmio iniciará a Libertadores neste ano apostando na base que conquistou o tricampeonato da América em 2017. Uma das principais figuras daquela equipe era Luan, que foi eleito o melhor jogador da competição naquele ano e também conquistou o título de Rei da América, concedido pelo jornal uruguaio El País. Mais maduro, o meia, que completará 26 anos no final de março, agora pretende atingir o mesmo nível daquela temporada de luxo para conduzir o clube ao tetra.
Neste ano, ele já balançou as redes três vezes em quatro partidas pelo Gauchão. Vem mostrando que as dores da fascite plantar no pé direito, que abreviaram seu 2018, ficaram no passado. Ainda que tenha deixado o treino de sábado com dores após levar uma pancada, ele garante que estará em campo na Argentina para a estreia na Libertadores, nesta quarta-feira (6), contra o Rosario Central.
Nesta entrevista a GZH, Luan relembra a conquista de 2017, o gol do título marcado sobre o Lanús e também projeta a parceria que terá com seus novos companheiros de ataque.
— Tardelli já vem treinando muito bem com o nosso grupo, e o Vizeu participou bem dos primeiros jogos, com gols. Vão ajudar muito, certamente — observa o camisa 7 tricolor.
O que a conquista da Libertadores significou em sua carreira?
Ah, mudou bastante coisa. É um título de dimensão muito grande, que todos os clubes almejam conquistar no continente. Até pela nossa rotina, de estar sempre treinando e jogando, às vezes demora um pouco para cair a ficha. Quando a gente para para pensar,
dá um orgulho muito grande de ter levado o Grêmio ao tri da América.
O gol que você marcou na final contra o Lanús foi o mais importante de sua carreira?
Acho que um dos mais importantes. Assim como foi o que pude fazer na semifinal contra o Cruzeiro na Copa do Brasil, em 2016, o que fiz na final da Recopa, contra o Independiente, na Argentina, no ano passado, e os que marquei em Gre-Nais. Mas, por se tratar de uma decisão de Libertadores, acho que podemos dizer que o contra o Lanús foi o mais importante.
O título de Rei de América fez você ser mais visado em campo pelos adversários do Grêmio?
Quem conquista um título de Libertadores sempre acaba sendo mais mais observado por quem está do outro lado. Tanto na questão técnica quanto também na marcação. É uma coisa natural no futebol.
Iniciar a temporada com gols e boas atuações dá mais confiança para a estreia na Libertadores?
Sim, começamos bem, felizmente. É importante manter o nosso padrão dos últimos anos e conseguimos, neste início de temporada, ter desempenho e resultados. Isso dá confiança para chegar a uma competição de exigência maior, como é a Libertadores.
O que vocês conhecem do Rosario Central? A experiência de ter enfrentado eles em 2016 pode ajudar o Grêmio de alguma forma?
A comissão está passando as informações para a gente e até quarta-feira vamos ter tudo detalhado, como sempre. Aquele jogo nem gostamos de lembrar, era outro momento, tanto nosso como deles. A partir dali, revertemos e começamos a ganhar os títulos.
O fato de o Rosario Central não estar em um bom momento e ter mudado de técnico pode influenciar?
Eles vêm um pouco mais mobilizados. Até pelo fato de que os jogadores precisam mostrar serviço ao novo treinador. A gente sabe que é outra competição, um campeonato maior que todas as equipes desejam ganhar. Não tem nada a ver o momento deles para essa partida. Nós precisamos nos concentrar bem para fazer um grande jogo.
As dores da fascite plantar ficaram no passado? Seu problema no pé não incomoda mais?
Pude ter praticamente dois meses de recuperação direto, com tratamento, sem a exigência dos jogos e dos treinamentos. Então, voltei bem. Só penso em seguir assim, para jogar com 100% na parte física. Até porque teve vezes que eu tinha 10%, 15% de condições e fui para campo pela vontade de ajudar o Grêmio. Sempre fiz de tudo para jogar, mesmo com dor.
Como o Grêmio chega para esta Libertadores em comparação com 2017 e 2018? O grupo é mais forte?
Eu acho que a gente chega bem. Em 2017, fomos campeões e no ano passado chegamos na semifinal. A competição vai dizendo em que nível a gente está. Um clube como o Grêmio sempre entra pensando no título e nesse ano não é diferente.
Como você projeta a parceria com Diego Tardelli no ataque e como estão sendo os primeiros jogos junto ao Felipe Vizeu?
São reforços que chegaram e de muita qualidade, dispensam apresentações. Tardelli já vem treinando muito bem com o nosso grupo, e o Vizeu participou bem dos primeiros jogos, com gols. Vão ajudar muito, certamente.