Depois da vitória do Grêmio sobre o Inter no clássico 418, as vozes gremistas começaram a ecoar em torno de um jogador: Matheus Henrique. Eleito o craque da partida pela equipe da Rádio Gaúcha após mais uma atuação destacada, o volante começa a pleitear uma vaga no time titular. As atuações inconstantes de Michel, Maicon e Marinho fazem com que o torcedor enxergue um espaço para o garoto oriundo das categorias de base. No ano passado, Leonardo Gomes era uma espécie de "12º jogador" de Renato Portaluppi. Hoje ele é titular e vem marcando gols importantes, como o do último domingo (17), na vitória sobre o rival.
— O Léo é um ano mais velho que eu, ele é jovem. Ele foi contestado desde que chegou, eu estava na base e lembro disso. Ele é um cara trabalhador e deu a volta por cima. É bom demais para ele, para o grupo e para o Renato. Todo jogador busca a titularidade, independente da idade. Quem está no plantel, tem condições de ser titular. Eu busco a titularidade e faço o meu melhor, sempre respeitando as decisões do Renato e os meus companheiros. Quando for solicitado, eu vou entrar em campo, assim como estou fazendo hoje — disse em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha.
— A gente sabe que clássico sempre é bom vencer, porque é o clássico que fica marcado, ainda mais aqui no Rio Grande do Sul, com Grêmio e Inter. Foi o meu primeiro Gre-Nal e consegui uma vitória. Isso é importante. Espero poder jogar muitos Gre-Nais e ganhar o máximo que eu puder — projetou.
A escalação de uma equipe reserva surpreendeu a torcida antes da bola rolar. De acordo com o volante, mesmo que Odair tenha dito que sabia o time do Grêmio que seria escalado, Portaluppi avisou os atletas momentos antes da bola rolar sobre a decisão de poupar os titulares.
— O Renato sempre pede para estar todo mundo preparado, pois a oportunidade chega quando a gente menos espera. Um pouco antes do jogo ele avisou quem jogaria, muitos ainda nem sabiam. A gente deu conta do recado e conseguimos desenvolver o trabalho dele com o grupo. Ele não trabalha com 11 jogadores, ele trabalha com o grupo inteiro. Independente de quem ele coloca dentro de campo, a gente sempre tenta fazer o nosso melhor. Ontem (domingo, 17) a gente conseguiu uma vitória importante, por mais que fosse o time reserva. Não importa, Gre-Nal é Gre-Nal — destacou.
Com os holofotes, surgem as comparações. Assim como ele, um garoto, volante, oriundo da base, chamou a atenção há dois anos em um campeonato estadual. Foi ganhando espaço e cavando aos poucos a titularidade. Hoje, Arthur é jogador do Barcelona e foi convocado recentemente por Tite para os próximos compromissos da Seleção Brasileira.
— O Arthur é um grande jogador, conheço ele desde 2013. Ele era sub-17 e eu da sub-16. Ele já era da Seleção de base e tinha um futuro promissor. Também acho as características parecidas, mas ele tem as virtudes dele e eu as minhas. Cada um no seu estilo de jogo. Se a gente falar que não parece, vou estar mentindo. Espero seguir a trajetória dele aqui no Grêmio de representar a categoria de base e conquistar títulos no timeV principal. Ele está no Barcelona e na Seleção Brasileira, é uma característica para ser admirada — avaliou.