O Grêmio passou toda a temporada de 2018 atrás de um fazedor de gols, mas viu Jael e André se revezarem na titularidade sem que nenhum agradasse de fato. Por isso, nesta terça-feira (15) apresentou o centroavante Felipe Vizeu. Aos 21 anos, o atleta chega emprestado pela Udinese (sem passe fixado para opção de compra) e, por uma temporada, defenderá a camisa tricolor.
— O mais importante é fazer gols. Sabemos que são três centroavantes, grandes jogadores. É difícil para todo mundo porque todos querem jogar, mas sabemos que não é possível. Tenho que estar pronto para fazer meu melhor— disse o reforço gremista, que já escolheu o número que usará — Como cheguei agora, tenho que respeitar os outros jogadores. Não é porque sou centroavante que tenho de ser o camisa 9. Sei que é o Jael. Independentemente do número, o mais importante é vestir a camisa do Grêmio. Escolhi a 47 porque fui campeão da 47ª Copa são Paulo — revelou.
Contudo, apesar do discurso político na hora de falar da concorrência interna, Vizeu não esconde o objetivo de marcar época no clube:
O desejo de todo jogador é ser artilheiro, mas o mais importante é ser campeão. Sempre que acionado, quero fazer meus gols
FELIPE VIZEU
— O desejo de todo jogador é ser artilheiro, mas o mais importante é ser campeão. Sempre que acionado, quero fazer meus gols. Mas estou aqui para lutar, ajudar a equipe e, se Deus quiser, a gente vai ter um caminho de muitas conquistas. Tenho o sonho de ser artilheiro e campeão da Libertadores, e estamos no caminho certo.
O atacante revelou também que as negociações iniciaram quando ele aproveitava férias de uma semana no Brasil e, o fato de ser comandado por Renato Portaluppi, pesou na hora de aceitar a proposta tricolor.
— Eu não jantei com o Renato. Vi algumas notícias sobre isso. Mas ele me convenceu a vir para cá porque é um gênio, marcou lindos gols. Sem dúvidas, contou muito na minha vinda para cá — afirmou o atleta.
Vizeu também falou sobre o clube que o revelou para o futebol, o Flamengo, que se reforçou muito para a temporada 2019.
— A gente está falando de dois grandes clubes. Será um rival, sim. Mas nosso grupo tem muita qualidade. É um grupo vencedor. Sabemos que Libertadores é difícil. Não só pelo Flamengo, mas outras equipes que farão jogos duros. Independente de quem seja, temos que estar atentos para chegar à final e ser campeão — analisou.
Na Itália, Felipe Vizeu não obteve tanto êxito. O atleta, contudo, explicou o motivo que o levou a ter poucas oportunidades com a camisa da Udinese.
— Todos nós, jogadores brasileiros jovens, quando chegamos na Europa, precisamos de um certo tempo de adaptação. Todos os jogos que joguei foi sempre contra os grandes. Foi muito bom pra mim. O futebol na Itália é como aqui, muito pegado. Os treinamentos têm muita parte tática. É difícil ver um coletivo. Mas, lá, a maioria dos times joga com cinco jogadores atrás. Isso é o que mais diferencia do Brasil. Para mim, que sou centroavante, essa foi a maior dificuldade, por ter mais defensores e menos jogadores próximos de mim — completou.
Assista a trechos da apresentação de Vizeu: